domingo, 2 de dezembro de 2012

Música CuRa



SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2009
A Música em Portugal
Portugal é internacionalmente conhecido pela sua tradição folclórica, em grande medida assente no Fado e nos estilos musicais dele derivados. Sendo este o género musical que melhor caracteriza o espírito português e que está directamente relacionado e é consequência da sua história e raízes culturais, tem-se observado uma recente expansão em diversos estilos musicais, como o rock ou o hip-hop.
A história da música portuguesa no século XX (principalmente a segunda metade), pode ser divida no período que antecede a revolução de 25 de Abril e pós-revolução.

- Pré-Revolução dos cravos

Durante o Estado Novo, a música portuguesa era muito influenciada pelo concurso televisivo da RTP, Festival RTP da Canção, a que se caracterizou por Nacional-cançonetismo, devido à clara influência do Estado nos temas abordados.Simone de Oliveira é um dos muitos nomes que iniciaram o seu percurso neste festival.
Por outro lado, desenvolveu-se também a música de intervenção, com o intuito de criticar o Estado Novo e chamar a atenção do povo. Sérgio Godinho Zeca Afonso são dois de muitos músicos que ficaram conhecidos por aliarem a música a esta causa nobre.

  


- Pós-Revolução dos cravos

Se a Amália Rodrigues ainda é o nome mais conhecido na música portuguesa, na década de 80 surgem bandas seminais para o enriquecimento da cultura musical portuguesa, como por exemplo os Heróis do Mar, osSétima Legião, os GNR e os Madredeus. O Fado começa também a sua transformação e continua a evoluir muito também, no sentido de se tornar o Fado que conhecemos hoje, praticado por artistas como Camané ou Mariza.
Hoje em dia existem também bandas e/ou artistas musicais contemporâneos que dão contributos culturais muito significativos em todos os estilos e formas de música, do rock-canção, com os Ornatos Violeta, à canção pop, com os Clã, ao Metal Gótico, com os Moonspell, ao Hip-Hop falado em português, com Sam the Kid ou Valete, da fusão Rock-Hip-Hop, do qual são exemplo os Da Weasel, no Rock, Soul e Blues, dos quais os Wraygunn são um exemplo perfeito, ao Jazz e à música de dança, com osBuraka Som Sistema. A música tradicional mantém-se popular, embora tendo sido modernizada, especialmente na região de Trás-os-Montes.
Na década de 90, embora já existisse música do género, é cunhado o termo Música Pimba, a partir de uma música deEmanuel, para se referir a um tipo música ligeira com expressões de duplo sentido, muitas vezes sexuais. 


Mariza - um dos maiores icones do Fado Português

Sentimo-nos:  Portuguesissímas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 16:59
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Influências da Música no plano emocional, social e cognitivo

A música está presente em todas as culturas e em todas as épocas e consegue, por isso, ultrapassar todas as barreiras e tornar-se numa linguagem universal. No entanto, a forma como a música acontece nos diferentes grupos sociais ganha diferentes contornos. A música que ouvimos quando colocamos o nosso CD preferido não é vivida da mesma forma que a música que se ouve nos templos budistas, por exemplo. Apesar das diferentes funções e da intensidade com que é interpretada, a música acompanha o ser humano em quase todas as fases da sua vida e,segundo o pedagogo Snyders (1992), as sociedades actuais vivem a música com uma intensidade que nunca se tinha visto.
Essa intensidade é vivida de tal modo e é estabelecida uma relação tão intensa com a música que se constatou que esta desempenha um papel importante no desenvolvimento das crianças. É importante quer para o seu desenvolvimento cognitivo, como emocional e social.
Primeiramente, é necessário ressalvar que, aliado ao desenvolvimento da criança, estão as bases culturais onde se insere. O bebé, ainda no útero da mãe, reage a sinais sonoros. Schlaug, da Escola de Medicina de Harvard (EUA), e Gaser, da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor. Segundo esses autores, tocar um instrumento exige muito da audição e da motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, e vem ao encontro de muitos outros estudos e experiências, é que a prática musical faz com que o cérebro funcione "em rede": o indivíduo, ao ler um determinado sinal na partitura, necessita passar essa informação (visual) ao cérebro; este, por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário (tacto); no final, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correcto (audição). Além disso, os instrumentistas apresentam muito mais coordenação na mão não dominante do que pessoas comuns. Segundo Gaser, o efeito do treino musical no cérebro é semelhante ao da prática de um desporto nos músculos. Já Platão dizia que "a música é a ginástica da alma".
Até mesmo que não toca nenhum instrumento mas ouve com atenção e percebe como se toca um ou mais instrumentos consegue desenvolver-se e cria estímulos cerebrais bastante intensos. Além de todos estes estímulos provocados pela música, esta pode também ajudar-nos na absorção de informação, através do seu carácter relaxante.
Losavov, cientista búlgaro, desenvolveu uma pesquisa na qual observou grupos de crianças em situação de aprendizagem e a um deles foi oferecida música clássica, em andamento lento, enquanto estavam em aulas. O resultado foi uma grande diferença, favorável ao grupo que ouviu música. A explicação do pesquisador é que ouvindo música clássica, lenta, a pessoa passa do nível alfa (alerta) para o nível beta (relaxados, mas atentos); aumentam as actividades dos neurónios e as sinapses tornam-se mais rápidas, facilitando a concentração e a aprendizagem.
Outra linha de estudos aponta a proximidade entre a música e o raciocínio lógico-matemático. Segundo Schaw, Irvine e Rauscher, pesquisadores da Universidade de Wisconsin, alunos que receberam aulas de música apresentavam resultados de 15% a 41% superiores em testes de proporções e fracções do que os de outras crianças. Noutra investigação, Schaw verificou que alunos do segundo ano (1º Ciclo do Ensino Básico) que tinham aulas de piano duas vezes por semana, apresentaram um desempenho superior em matemática relativamente aos alunos do quarto ano que não estudavam música.
Mas não é apenas no estrangeiro que estes estudos se realizam. Também em Portugal, um estudo realizado por Vasco Mano revelou que o ensino da música pode influenciar no desenvolvimento do raciocínio matemático. Este estudo, que serviu de tese de mestrado ao seu autor tem como titulo “Combinatória de Sons” e é um trabalho que estuda a música e procura estruturá-la de uma forma lógico-matemática. A tese foi criada no âmbito do Departamento de Matemática Pura e Matemática Aplicada, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Um dos problemas analisados na obra é a enumeração e classificação dos possíveis tipos de acorde no contexto de uma escala bem temperada. Em análise estão parâmetros como o número de notas de escala, o número de notas constitutivas de acorde, o número de intervalos de meio-tom que ocorrem no acorde e o intervalo mínimo admitido no acorde, por exemplo.
“As correntes de Música contemporânea opõem-se às práticas passadas porque questionam as regras pelas quais o compositor se rege, por mais sólidas e aceites que possam ser. Esse cepticismo abre-se às ciências, procurando fundamentação dos processos musicais na Matemática, renegando os procedimentos convencionais da composição musical em favor de algoritmos matemáticos e de um computador que os execute”, escreve Vasco Mano.
Assim, Pode concluir-se que a música possibilita o desenvolvimento cognitivo, nas áreas da memória, do raciocínio lógico, do espaço e do raciocínio abstracto.
No campo afectivo é onde as influências da música estão mais marcadas. Sandra Trehub realizou uma pesquisa na Universidade de Toronto, na qual comprovou que os bebés tendem a permanecer mais calmos quando são expostos a uma melodia serena e, dependendo da aceleração do andamento da música, ficam mais alertas. As nossas avós já sabiam que colocar os bebés do lado esquerdo os acalmava, isto porque ouviam as batidas do coração, o que os remetia para aquilo que ouviam enquanto estavam no útero materno.
Alguns países, como o Japão e os países nórdicos, dão aos professores e educadores formação na área da música para que estes aprendam um instrumento e algumas canções, com o fim de atingir bons resultados na educação infantil. Zatorre, da Universidade de McGill (Canadá) e Blood, do Massachusetts General Hospital (EUA), desenvolveram uma pesquisa em 2001, na qual analisaram os efeitos no cérebro de pessoas que ouviam músicas, as quais segundo as mesmas lhes causavam profunda emoção. Verificou-se que, ao ouvir estas músicas, as pessoas accionaram exactamente as mesmas partes do cérebro que têm relação com estados de euforia. Segundo esses autores, isso confere à música uma grande relevância biológica, relacionando-a aos circuitos cerebrais ligados ao prazer.
Há também inúmeras experiências na área de saúde, trabalhos em hospitais que utilizam a música como elemento fundamental para o controlo da ansiedade dos pacientes. A origem deste trabalho remonta à Segunda Guerra Mundial, quando alguns músicos foram contratados para auxiliar na recuperação de veteranos de guerra por hospitais norte-americanos. Pode afirmar-se que esse foi um grande impulso para a área de musicoterapia, hoje com reconhecimento académico consolidado. É cada vez mais comum a presença da música nestes locais, seja para diminuir a sensação de dor em pacientes depois de uma cirurgia, como para estimular contracções a mulheres em trabalho de parto ou na estimulação de pacientes com dano cerebral.
No campo social, a música também nos influência. É por meio do repertório musical que nos iniciamos como membros de um determinado grupo social. Por exemplo: os cânticos ouvidos por um bebé em Portugal não são os mesmos ouvidos por um bebé nascido na Islândia; da mesma forma, as brincadeiras, as adivinhas, as canções que dizem respeito à nossa realidade inserem-nos na nossa cultura.
Além disso, a música também é importante do ponto de vista da maturação individual, isto é, para a aprendizagem das regras sociais por parte da criança. Quando uma criança brinca às rodinhas, por exemplo, ela tem a oportunidade de vivenciar, de forma lúdica, situações de perda, de escolha, de decepção, de dúvida, de afirmação. Fanny Abramovich (Pedagoga Brasileira), num artigo, afirma:
«Ò ciranda – cirandinha, vamos todos cirandar, uma volta, meia volta, volta e meia vamos dar, quem não se lembra de quando era pequenino, de ter dados as mãos para muitas outras crianças, ter formado uma imensa roda e ter brincado, cantado e dançado por horas? Quem pode esquecer a hora do recreio na escola, do encontro do grupinho da rua ou do prédio, para cantarolar a 'Teresinha de Jesus', aquela que deu uma queda foi ao chão e que acudiram três cavalheiros, todos eles com chapéu na mão? E a discussão para saber quem seria o pai, o irmão e o terceiro, aquele para quem a disputada e amada Teresinha daria, afinal, a sua mão? E aquela emoção, aquele arrepio que dava a todos, quando no centro da roda, a menina cantava: 'sozinha eu não fico, nem hei-de ficar, porque quero o... (Sérgio? Paulo? Fernando? Alfredo?) para ser o meu par'. E aí, apontando o eleito, ele vinha ao meio para dançar junto com aquela que o havia escolhido... Quanta declaração de amor, quanto ciuminho, quanta inveja, passava na cabeça de todos.»
         Estas cantigas e tantas outras, que nos foram transmitidas oralmente, através de inúmeras gerações, são formas inteligentes que a sabedoria humana inventou para nos prepararmos para a vida adulta. As cantigas tratam de temas como o amor, disputa, trabalho e tristezas, tudo aquilo que a criança enfrentará no futuro. São experiências únicas que nem o brinquedo electrónico mais sofisticado pode proporcionar.
Mais tarde, na adolescência, a música volta a ter um papel de destaque. Sem dúvida que a música é uma das formas de comunicação mais presente na vida dos jovens. A música estabelece um diálogo e é uma porta aberta para a consciência de cada um.



Sentimo-nos:  Fascinadas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 14:47
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QUARTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2009
Curiosidades :D
Sabias que em 2007 um brilhante realizador produziu um filme que alia muitíssimo bem a música ao cinema?

August Rush é o nome da obra que fascinou o mundo com a sua forte mensagem acerca da música! Sim, porque a música é capaz de mover o mundo!

Nós já mostramos este magnifico filme à nossa turma. E tu? Ainda não o viste? Então corre para um clube de vídeo e aluga-o porque não o podes perder!




Ficha Técnica: Título original: August Rush; Realizador: Kirsten Sheridan; Intérpretes: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Robin Williams; Género: Drama, Musical; Classificação: M/12; EUA, 2007, Cores, 100min.

Sinopse: Um carismático jovem guitarrista irlandês (Jonathan Rhys Myers) e uma deslumbrante jovem violoncelista (Keri Russell) conhecem-se uma noite em Nova Iorque e apaixonam-se profundamente. Separados pelo destino, para trás fica um filho tornado órfão pela força das circunstâncias. Anos mais tarde, a criança (Freddie Highmore), com dotes notáveis para a música, apelidada August Rush, toca nas ruas de Nova Iorque protegida por um misterioso estranho (Robin Williams). Através da música, August Rush tudo fará para encontrar os pais de quem foi separado à nascença. Este é incontestavelmente um bom exemplo de que a força e a fé na música podem mover mundos e de que esta influência fortemente o dia-a-dia de muitas pessoas.
 


Sentimo-nos:  Tentadas a revelar mais :D

Publicado por Músicaólicas :D às 14:36
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A Música na Sociedade
Ao longo da história da humanidade a música esteve sempre presente e influente nas sociedades. Tão antiga quanto o Homem, a música primitiva era usada para exteriorização de alegria, prazer, amor, dor, religiosidade e os anseios da alma.

-  A Música e a Religião:

Desde o início do cristianismo que a música tem sido um importante aspecto da vida da igreja, como forma de louvar a Deus. Analisando alguns textos de São Paulo aos cristãos da sua época (I Coríntios 14:15; Efésios 5:19; Colossenses 3:16), é possível perceber o valor que a igreja cristã primitiva dava à música. A História da igreja em séculos subsequentes também atesta esta tradição.
O tempo passou, mas a importância da música na vida da igreja e dos cristãos continua, basta repararmos actualmente nas várias festividades religiosas nas quais são exultadas com os mais diversos cânticos, não só nos actos litúrgicos (missas) mas também nas festividades marcantes da vida da Igreja (Natal, Páscoa, entre outras).
Contudo, a música na igreja cristã foi sofrendo alterações. Primeiramente, surgiram os cânticos à capela, posteriormente estes cânticos foram acompanhados pelo órgão, sendo actualmente os cânticos acompanhados pelo órgão, violas e outros instrumentos musicais (flauta, trompete, clarinete, etc.).
E, a música não se encontra presente apenas na religião cristã, em qualquer uma outra religião (evangélica, muçulmana, Jeová, hinduísmo, entre outras) esta também está presente.

-  A Música e as Festas Sociais:

As festas sociais são de igual modo abrilhantadas pela música. Quem já não reparou nas Bandas Filarmónicas abrilhantado as festas religiosas e concertos públicos; ou pequenos grupos tocando em bailes, casamentos, discotecas, etc.; ou ainda os ranchos, que associam a música e a dança, que actuam também em festas sociais.
Os concertos realizados em grandes recintos (como o Coliseu do Porto e o de Lisboa), também são festas sociais, pois são festas onde se juntam determinadas pessoas com um objectivo: ouvir música.

  - A Música e as Festas Anuais:

Como já foi dito antes, a música sempre esteve ligada à religião, por isso a Páscoa, o Natal e outras festividades do calendário religioso, são o exemplo de festas anuais as quais estão ligadas a música. Além disso, também temos o Carnaval, comemorado sempre com muita música, principalmente no Brasil, onde se junta a música e a dança durante três dias seguidos. As festas de aniversário, comemorações de datas marcantes, também são festas anuais acompanhadas sempre pela música.
Ou ainda os grandes festivais que se realizam todos os anos no verão (Festival do Sudoeste, Paredes de Coura, Azambujeira do Mar) nos quais se juntam milhares de pessoas dos vários pontos do país e de outros países para ouvirem os grupos musicais que mais gostam.

- A Música e o Trabalho:

A música esteve também sempre ligada ao trabalho, por exemplo, no tempo da escravidão tocavam-se tambores que marcavam o ritmo das remadas escravas.
Actualmente, a música no trabalho é utilizada nas tarefas laborais como forma dar ritmo ao trabalho e conceder boa disposição na sua realização.
Além disso, a musicoterapia é um trabalho terapêutico que utiliza a música como facilitador na expressão e elaboração das emoções.
Uma "dieta sonora" pode ser praticada tanto por pessoas com problemas de origem física e emocional, quanto por pessoas que não apresentam nenhum sintoma patológico. Afinal, todos estamos sujeitos ao stress. Essa dieta consiste em vários procedimentos, como: tocar um instrumento, envolver-se em movimentos de dança, praticar vocalizações, participar de grupos que cantam ou simplesmente ouvir música para relaxar. Sons adequadamente seleccionados levam pessoas ao equilíbrio orgânico, mental e a ajustes de comportamento.

- A Música, o Teatro e o Cinema:

Diz a história da música, que a “Tragédia Grega” deu início à junção da música e o teatro (isto a. C.). Posteriormente, a música juntou-se ao Teatro Revista e mais tarde ao cinema.
A música e o cinema são inseparáveis, pois expressam as mesmas histórias e os mesmos sentimentos (por exemplo: um filme romântico e sempre acompanhado por música clássica; enquanto que, um filme de ficção é sempre acompanhado por música contemporânea).




Sentimo-nos:  Muito sociais! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 14:25
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Correlação Música/Homem na Sociedade

Apesar de existirem inúmeras definições e “não definições” que têm como objectivo dar a conhecer o que, verdadeiramente, significa o termo “Música”, é importante perceber que uma coisa é certa: sem a existência do Homem não poderia haver música. O Homem é o único ser racional capaz de criar uma sequência de sons e silêncios, que tão meticulosamente seleccionados dão origem a maravilhosas composições musicais. Assim, a música é por ela própria um fenómeno social.

-  Música, um fenómeno social:

As práticas musicais não podem ser dissociadas do seu contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em oposição à música como arte; a concepção teatral do Concerto contra a participação festiva da música folclórica e muitas outras.
Falar da música de um ou outro grupo social, de uma região do globo ou de uma época, faz referência a um tipo específico de música que pode agrupar elementos totalmente diferentes (música tradicional, erudita, popular ou experimental). Esta diversidade estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou intérprete) e o público que deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele descobre ao mesmo tempo que percebe a obra musical.
Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram uma "antropologia musical", que tende a provar que, mesmo se alguém tem um certo prazer ao ouvir uma determinada obra, não pode vivê-la da mesma forma que os membros das etnias aos quais elas se destinam. Nos círculos académicos, o termo original para estudos da música genérica foi "musicologia comparativa", que foi renomeada em meados do século XX para "etnomusicologia", que se apresentou, ainda assim, como uma definição insatisfatória.
Para ilustrar esse problema cultural da representação das obras musicais pelo ouvinte, o musicólogo Jean-Jacques Nattiez (Fondements d’une sémiologie de la musique 1976) cita uma história relatada numa conferência de G. Becking, linguista e musicólogo, pronunciada em 1932 no Círculo Linguístico de Praga:

" Um indígena africano toca uma melodia na sua flauta de bambu. O músico europeu tem muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, no entanto, este acaba por conseguir determinar as alturas dos sons e fica convencido de ter reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma canção noutra flauta. O europeu pensou que se tratava de uma outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente devido á diferente construção do outro instrumento, mas o indígena jurou que era a mesma canção.
E sabem qual era a diferença? A diferença entre as divergentes interpretações de uma mesma música provém de um facto muito importante: numa música, o fundamental para o indígena é o timbre, enquanto, para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas este tem um valor totalmente diferente para cada um deles, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente diferentes; o som em música funciona como um elemento de um sistema. As realizações podem ser múltiplas, o acústico pode determiná-las exactamente, mas o essencial em música é que a peça possa ser reconhecida como idêntica.


Sentimo-nos:  ansiosas por saber mais! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 14:01
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DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2009
Géneros Músicais

Assim como existem várias definições para música, existem muitas divisões e agrupamentos da música em géneros, estilos e formas. Dividir a música em géneros é uma tentativa de classificar cada composição de acordo com critérios objectivos que não são sempre fáceis de definir.

Uma das divisões mais frequentes separa a música em grandes grupos:

Música Erudita: a música tradicionalmente dita como "culta" e no geral, mais elaborada. É erroneamente conhecida como "música clássica", pois a música clássica real é a música produzida levando em conta os padrões do período musical conhecido como Classicismo. Os seus adeptos consideram que “é feita para durar muito tempo e resistir a modas e tendências”. Em geral, exige uma atitude contemplativa e uma audição concentrada. Alguns consideram que esta é uma forma de música superior a todas as outras e que é a verdadeira arte musical. Os géneros eruditos são divididos sobretudo de acordo com os períodos em que as músicas foram compostas ou pelas características predominantes.

Música Popular: associada a movimentos culturais populares. Esta apenas se conseguiu consolidar após a urbanização e industrialização da sociedade e acabou por se tornar o tipo musical icónico do século XX. A música popular apresenta-se actualmente como a música do dia-a-dia, tocada em espectáculos e festas, usada para a dança e socialização. Segue tendências e modismos e muitas vezes é associada a valores puramente comerciais, porém, ao longo do tempo, incorporou diversas tendências vanguardistas e inclui estilos de grande sofisticação. É um tipo musical frequentemente associado a elementos extra-musicais, como textos (letra de canção), padrões de comportamento e ideologias. É subdividida em incontáveis géneros distintos, de acordo com a instrumentação, características musicais predominantes e o comportamento do grupo que a pratica ou ouve.

- Música Folclórica ou Tradiconal: associada a fortes elementos culturais de cada grupo social. Tem um carácter predominantemente rural ou pré-urbano. Normalmente estas músicas são associadas a festas folclóricas ou rituais específicos. Pode ser funcional (como canções de plantio e colheita ou a música das rendeiras e lavadeiras). Normalmente é transmitida por imitação e costuma durar décadas ou séculos.

Música Religiosa: utilizada em liturgias, tais como missas e funerais. Também pode ser usada para adoração e oração ou em diversas festividades religiosas como o Natal e a Páscoa, entre outras. Cada religião possui formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica, o gospel das igrejas evangélicas, a música judaica, os tambores do candomblé ou outros cultos africanos, o canto do muezim, no Islamismo, entre outras.

Cada uma destas divisões possui centenas de subdivisões. Géneros, subgéneros e estilos são usados numa tentativa de classificar cada música. Em geral, é possível estabelecer com um certo grau de acerto o género de cada peça musical, mas como a música não é um fenómeno estanque, cada músico é constantemente influenciado por outros géneros. Isso faz com que subgéneros e fusões sejam criados a cada dia que passa.
Por isso devemos considerar a classificação musical como um método útil para o estudo e comercialização, mas sempre insuficiente para conter cada forma específica de produção. A divisão em géneros também é contestada assim como as definições de música porque cada composição ou execução pode enquadrar-se em mais de um género ou estilo e muitos consideram que esta é uma forma artificial de classificação que não respeita a diversidade da música.
Ainda assim, a classificação em géneros procura agrupar a música de acordo com características em comum. Quando estas características se misturam, subgéneros ou estilos de fusão são utilizados num processo interminável.
Os estilos musicais ao entrar em contacto entre si produzem novos estilos e as culturas misturam-se para produzir géneros transnacionais. O bluegrass dos Estados Unidos da América, por exemplo tem elementos vocais e instrumentais das tradições anglo-irlandesas, escocesas, alemãs e afro-americanas que só podem ser fruto da produção do século XX.
Outra forma de encarar os géneros é considerá-los como parte de um conjunto mais abrangente de manifestações culturais. Os géneros são, vulgarmente, determinados pela tradição e pelas suas apresentações e não só pela música, de facto. O Rock and roll, por exemplo, possui dezenas de subgéneros, cada um com características musicais diferentes mas também pelas roupas, cabelos, ornamentação corporal e danças, além de variações de comportamento do público e dos executantes. Assim, uma canção de Elvis Presley, um heavy metal ou uma canção punk, embora sejam todas consideradas formas de rock, representam diversas culturas musicais diferentes.





Sentimo-nos:  inspiradissimas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 13:50
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SÁBADO, 21 DE FEVEREIRO DE 2009
Música Contemporânea - Século XX e XXI

O século XX surge como o século das experiências, da procura de novos caminhos na música e nas artes em geral. No século XX assiste-se ao demonstrar das formas convencionais e à valorização e novas perspectivas, à procura de novos materiais e à utilização de recursos trazidos pelos avanços tecnológicos. Acentua-se a tendência para valorizar culturas até então esquecidas. Os novos meios de transporte e comunicação facilitam as trocas culturais e fazem com que se reconheça na música Moderna influências muito variadas.
O aparecimento da gravação sonora abre um mundo novo à produção musical. A procura de novas sonoridades faz com que os compositores explorem sons produzidos por objectos, transformando-os em instrumentos musicais. Os instrumentos convencionais são transformados e preparados de forma a alargar as suas possibilidades tímbricas. O timbre, nesta época, é talvez o parâmetro mais valorizado na música.
Surgem os primeiros instrumentos electrónicos, que ficarão para sempre ligados à música Pop e Rock, embora também estejam presentes noutros géneros musicais.




Sentimo-nos:  quase músicas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 18:19
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O Romantismo (de 1810 a 1910)
O Romantismo é o período da liberdade de expressão de sentimentos e paixões. Paris junta-se a Viena e tornam-se os principais centros de música da Europa. Os compositores libertam-se da tutela dos nobres que os empregavam e passam a compor livremente. Os concertos públicos tornam-se mais frequentes e começam a aparecer as grandes salas de espectáculos. A fantasia, a imaginação e o espírito de aventura desempenham um papel importante na música deste período. Surge a música descritiva com os poemas sinfónicos. A literatura exerce uma enorme influência na música romântica, que está demonstrada na grande quantidade de Lied - canções deste período. Os músicos interessam-se pela música folclórica, indo aí buscar material para compor. É dado ênfase às melodias líricas. As harmonias são ricas e contrastantes, explorando uma gama maior de sonoridades, dinâmicas e timbres. As obras tomam proporções grandiosas e a orquestra atinge uma dimensão gigantesca.




Sentimo-nos:  Muitooooooooo romanticas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 18:13
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O Classicismo (de 1750 a 1810)

No período Clássico a música torna-se mais leve e menos complicada que no Barroco. Predomina a melodia com acompanhamento de acordes; as frases são bem delineadas e mais curtas que anteriormente. A dinâmica das obras torna-se mais variada; aparece o sforzato e o crescendo e diminuendo. A música é tonal. O cravo cai em desuso e é substituído pelo piano. A orquestra cresce em tamanho e acolhe um diversificado número de instrumentos. A Ópera conhece um grande desenvolvimento e popularidade e começa a tratar temas do dia-a-dia. É uma época extremamente fértil em grandes compositores e talvez a mais produtiva de todos os períodos da história da música. Viena de Áustria é considerada a capital da música clássica, pois foi lá que se concentrou a maioria dos compositores.





Sentimo-nos:  quase compositoras :D

Publicado por Músicaólicas :D às 18:10
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O Barroco (de 1600 a 1750)
Barroco é o período em que a música instrumental atinge, pela primeira vez, a mesma importância que a música local. A música do Barroco é exuberante, de ritmo enérgico e frases melódicas extensas, fluentes e muito ornamentadas. São usados contrastes de timbres e densidades. O violino afirma-se e a orquestra vai tomando uma forma mais estruturada. Surge a Ópera e o Ballet. Os instrumentos de tecla têm uma grande evolução e o cravo aparece como instrumento solista, e não apenas acompanhante.





Sentimo-nos:  Barroquíssimas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 17:49
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O Renascimento (de 1400 a 1600)
O Renascimento foi uma época de grandes mudanças na Europa. O homem do Renascimento já não vive apenas dominado pelos valores da Igreja, mas encontra valores nele próprio e na natureza. A Igreja tornou-se menos rígida, permitindo uma troca maior entre a música religiosa e a música profana. Os Madrigais, composições corais muito elaboradas, ilustram bem a crescente complexidade da música nesta época. Os governantes e os homens ricos desempenham, a partir de agora, um papel muito importante na evolução da música, concedendo aos compositores audições e oportunidades de trabalho, promovendo festas e acontecimentos culturais - Mecenas.




Sentimo-nos:  Renascentistas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 17:36
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A Idade Média (de 400 a 1450)

Com a decadência do Império Romano e a implantação do Cristianismo, a Igreja passa a ter um papel decisivo na evolução da música. São os Monges que, nos mosteiros, continuam o trabalho iniciado pelos gregos, desenvolvendo a teoria e a escrita musical. Começa a haver uma grande separação entre a música religiosa e a música popular. Uma das grandes diferenças entre estes dois tipos de música está nos instrumentos usados. Na igreja apenas o órgão era permitido, enquanto na música profana (não religiosa) havia a rabeca, o saltério, o alaúde, a charamela, a sanfona e o realejo.
A língua usada nos cantos da igreja era o Latim, enquanto na música popular eram usados os dialectos próprios de cada região. A escrita musical, tal como hoje a conhecemos, muito deve aos mil anos da Idade Média. Foi durante esse período que ela foi evoluindo até chegar ao código actual. 

Sabias que?

-  Os Menestréis eram músicos que andavam de terra em terra, juntamente com os saltimbancos; levavam as notícias nas suas andanças e apregoavam-nas cantando.

- Os Trovadores eram nobres que compunham música e poesia, tendo como tema preferido o amor de um cavalheiro por uma bela dama. 



Sentimo-nos: inspiradissimas!

Publicado por Músicaólicas :D às 17:25
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A Antiguidade (até 400 d.C)
Nas grandes civilizações antigas - Egipto, Grécia, Roma - a música tinha um papel fundamental em todas as actividades do dia-a-dia:

No Egipto havia música tanto no palácio do faraó como a acompanhar o trabalho no campo. Os músicos eram normalmente mulheres. A música tinha origem divina e estava muito ligada ao culto dos deuses. A harpa, a lira e o alaúde eram muito usados. 

- Na Grécia, em Atenas, todos os anos se realizava um concurso de canto. Os gregos cultivaram a música como arte e como ciência (Pitágoras). Ela era uma das quatro disciplinas fundamentais da educação dos jovens. O órgão é uma invenção grega. 

- Em Roma as lutas de gladiadores eram acompanhadas por trombetas. Os ricos aprendiam música e realizavam concertos nas suas casas. Na rua, malabaristas e acrobatas representavam acompanhados por flautas e pandeiretas. Grupos de músicos obtinham licenças especiais do imperador para percorrerem as províncias do império, dando o primeiro exemplo de "tounée".





Sentimo-nos:  Pensativas!

Publicado por Músicaólicas :D às 17:06
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Pré-História

Podemos imaginar que o homem primitivo comunicou, desde muito cedo, usando sinais sonoros. Muito antes do aparecimento dos primeiros instrumentos já o homem fazia a sua música, imitando os sons da natureza: com gritos, sons corporais, batendo com paus, ramos, pedras, conchas...
Foi quando o homem começou a produzir sons intencionalmente que se iniciou a longa caminhada à qual chamamos História da Música.
Há vestígios - pinturas nas cavernas - de que o homem utilizava a música nas cerimónias rituais: encorajamento para a caça, evocação das forças da natureza, culto dos mortos, etc.. Primeiro usaria somente a voz e outros sons do corpo, mas ao longo do tempo foi construindo instrumentos, e com eles acompanhou essas músicas e danças, para as tornar mais ricas e mais agradar assim os seus deuses.
A partir daqui, o Homem nunca mais se separou da música. Cada povo, em cada época, desenvolveu uma música própria que, juntamente com as suas histórias e os seus costumes, constitui a sua cultura.



Sentimo-nos:  Pensativas!

Publicado por Músicaólicas :D às 17:02
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História da Música
Já referimos o que é a música, ou pelo menos tentámos explicá-lo através de diversas definições. Mas...E então a sua história? A música na terra é tão antiga como o Homem. Por isso, vamos tentar reconstruir a sua história viajando no tempo....

:D

Bem, aqui vamos nós!

Sentimo-nos:  quase historiadoras!

Publicado por Músicaólicas :D às 15:34
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SÁBADO, 14 DE FEVEREIRO DE 2009
O que não é a música? - Definição Negativa

Uma vez que é difícil obter um conceito sobre o que é, realmente, a música, alguns tendem a defini-la pelo que não é:

*      A música não é uma linguagem normal. A música não é capaz de significar da mesma forma que as línguas comuns. Ela não é um discurso verbal, nem uma língua, nem uma linguagem no sentido da linguística (ou seja uma dupla articulação signo/significado), mas sim uma linguagem peculiar, cujos modos de articulação signo musical/significado musical têm vindo a ser estudados ao longo do tempo;

*  A música não é ruído. O ruído pode ser uma componente da música, assim como também é uma componente (essencial) do som. Embora a Arte dos ruídosteorizasse a introdução dos sons da vida quotidiana na criação musical, o termo "ruído" também pode ser compreendido como desordem. E a música é uma organização, uma composição, uma construção ou recorte deliberado (se considerarmos os elementos componentes do som musical). A oposição que normalmente se faz entre estas duas palavras pode conduzir à confusão e para evitá-la é preciso que seja sempre referida a ideia de organização. Quando algumas bandas de Rock industrial utilizam sons de máquinas nas suas músicas, devemos entender que o "ruído" seleccionado, recortado da realidade e reorganizado se torna música pela intenção do artista.

*      A música não é objectiva. Ela não tem o mesmo sentido para todos os que a ouvem. Cada indivíduo usa a sua própria emotividade, a sua imaginação, as suas lembranças e suas raízes culturais para lhe dar um sentido que lhe pareça apropriado. Podemos afirmar que certos aspectos da música têm efeitos semelhantes em populações muito diferentes (por exemplo, a aceleração do ritmo pode ser interpretada frequentemente como manifestação de alegria), mas todos os detalhes, todas as subtilezas de uma obra ou de uma improvisação não são sempre interpretadas ou sentidas de maneira semelhante por pessoas de classes sociais ou de culturas diferentes.

*      A música não é a sua representação gráfica. Umapartitura é um meio eficiente de representar a maneira esperada da execução de uma composição, mas esta só se torna música quando é executada, ouvida ou percebida. A partitura pode ter méritos gráficos ou estéticos independentes da execução, mas não é, por si só, música.






Publicado por Músicaólicas :D às 17:08
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A abordagem funcional, artística e espiritual

Para um outro grupo, a música não pode funcionar a não ser que seja percebida. Não há, portanto, música se não houver uma obra musical que estabelece um diálogo entre o compositor e o ouvinte. Este diálogo funciona por intermédio de um gesto musical formante (dado pela notação) ou formalizado (por meio da interpretação). Neste grupo há quem defina música como sendo "a arte de manifestar os afectos da alma, através do som". E se assim for, esta expressão dá-nos conta das seguintes características da música:

*      Música é arte: manifestação estética, mas com especial intenção a uma mensagem emocional;

*       Música é manifestação, isto é, meio de comunicação, uma das formas de linguagem a ser considerada, uma forma de transmitir e recepcionar uma certa mensagem, entre indivíduos considerados, ou entre a emoção e os sentidos do próprio indivíduo que entoa uma música;

*      Música é a ideia de que o som, ainda que sem o silêncio pode produzir música, o silêncio individualmente considerado não produz música.

         Para os adeptos desta abordagem, a música só existe como manifestação humana. É uma actividade artística por excelência e possibilita ao compositor ou ao executante compartilhar suas emoções e sentimentos. Sob este ponto de vista, a música não pode ser um fenómeno natural, pois decorre de um desejo humano de modificar o mundo, de torná-lo diferente do estado natural. E, em cada ponta dessa cadeia, existe a presença do homem. A música é sempre concebida e recebida por um ser humano. Neste caso, a definição da música, como em todas as artes, passa também pela definição de uma certa forma de comunicaçãoentre os homens.



Sentimo-nos:  iluminadas! :D

Publicado por Músicaólicas :D às 17:00
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Abordagem Naturalista

        De acordo com a primeira abordagem, a música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existência autónoma na natureza e pela natureza. Os adeptos deste conceito afirmam que, em si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim. Enquanto ouvir música possa ser um lazer e aprendê-la e entendê-la sejam fruto da disciplina, a música em si é um fenómeno natural e universal. Consideram ainda que, por ser um fenómeno natural e intuitivo, os seres humanos podem executar e ouvir a música virtualmente em suas mentes sem mesmo aprendê-la ou compreendê-la. Compor, improvisar e executar são formas de arte que utilizam o fenómeno música. Sob esse ponto de vista, não há a necessidade de comunicação ou mesmo da percepção para que haja música. Ela decorre de interacções físicas e prescinde do humano.

Sentimo-nos:  inspiradissimas!

Publicado por Músicaólicas :D às 16:31
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Definição de Música

       Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e organiza-o no tempo. Talvez por esta razão pareça que a música está sempre a fugir a qualquer definição, pois quando procuramos uma perfeita definição para a mesma, a música já se modificou e já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efémero", a música não pode ser completamente conhecida e é por isso que é tão difícil enquadrá-la num conceito simples.
         Um dos poucos consensos é que ela consiste numacombinação de sons e de silêncios, numa sequência simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem ao longo do tempo. Neste sentido, engloba toda combinação de elementos sonoros destinados a serem percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre) que podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmonia são aqui entendidos apenas no seu sentido de organização temporal, pois a música pode conter propositadamente harmonias ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias (ausência de ritmo formal ou desvios rítmicos).
         E, é nesse ponto que o consenso deixa de existir. As perguntas que decorrem desta simples constatação encontram diferentes respostas, se encaradas do ponto de vista do criador (compositor), do executante (músico), do historiador, do filósofo, do antropólogo, do linguista ou do amador. E as perguntas são muitas:

*      Serão todas as combinações de sons e silêncios música?

*      Música é arte? Ou de outra forma, a música é semprearte?

*      A música existe antes de ser ouvida? O que faz com que a música seja música é algum aspecto objectivo ou ela é uma construção da consciência e da percepção?

         Da diversidade de interpretações e também das diferentes funções em que a música pode ser utilizada conclui-se que a música não pode ter uma só definição precisa, que abarque todos os seus usos e géneros. Todavia, é possível apresentar algumas definições e conceitos que fundamentam uma "história da música" em perpétua evolução.
         O campo das definições possíveis é na verdade muito grande. Há definições de vários músicos (como Schönberg,StravinskyVarèseGould, Jean Guillou, BoulezBerio eHarnoncourt), bem como de musicólogos como Carl Dalhaus, Jean Molino, Jean-Jacques Nattiez, entre outros. No entanto, quer estas tenham sido formuladas por músicos, musicólogos ou outras pessoas, dividem-se em duas grandes classes: uma abordagem intrínseca, imanente e naturalista contra uma outra que a considera antes de tudo uma arte dos sons e se concentra na sua utilização e percepção.



Sentimo-nos:  inspiradas!

Publicado por Músicaólicas :D às 15:41
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O que é a música?

          A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne,a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Actualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objectivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte e é desta maneira que ela é vista na maioria das vezes.
         No entanto, o conceito de música expandiu-se ao longo dos anos, e actualmente esta não só é vista como uma arte, mas também tem a função militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas actividades colectivas, sejam elas festas ou rituais religiosos.
         Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma actividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer o seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humanas.

Sentimo-nos:  inspiradas!

Publicado por Músicaólicas :D às 15:30
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Um projecto diferente! :D

No âmbito de Área de Projecto, decidimos criar este blog para podermos expor todo o trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano lectivo... é uma forma inovadora (pensamos nós xD) de mostrarmos aquilo que fomos fazendo e ao mesmo tempo achamos que este blog pode conter informações importantes para futuros trabalhos de outras pessoas (não aceitamos a técnica do copiar colar, hein?), tal como também nós fizemos uma grande pesquisa e acabámos por fazer uma "compilação" das várias informações encontradas! Esperamos que vos seja util e que o achem interessante! :D Disfrutem... porque quando se trata de música... não vale a pena tentarmos fugir, ela está em todo o lado :D

Sentimo-nos: 

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