sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Top 5 reasons for a PLANT BASED DIET

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Top 5 Reasons to Eat a Plant-Based Diet

Posted: 09/04/2013 3:29 pm

Eating more plants and less meat is becoming more popular than ever thanks to ex-presidents, celebrities, best-selling books, and movies such as Forks Over Knives. While vegetarian and vegan diets are defined by what they exclude, a plant-based diet is defined by what it includes -- lots of plant foods! This means eating more veggies, fruits, beans, peas, lentils, whole grains, nuts, and seeds instead of animal products and processed foods.
Need some motivation to try a plant-based diet? Here are five good reasons to consider.
1. It's good for your health.
Dr. Dean Ornish's research showed that eating a very low-fat, plant-based, vegetarian diet and other lifestyle changes could, in fact, reverse heart disease. Dr. Caldwell Esselstyn also succeeded in arresting and reversing heart disease in patients who were seriously ill.
The Adventist Health Study-2 found that vegetarians had a lower risk of Type 2 diabetes and high blood pressure. While about 50 percent of Americans will develop high blood pressure by the age of 60, research shows that populations that consume a diet comprised mostly of vegetables or who are vegetarian have "virtually no increase in hypertension with age."
Eating red meat (beef, pork, and lamb) is associated with increased rates of cancer and heart disease. And the American Cancer Society recommends eating a healthy diet for the prevention of cancer "with an emphasis on plant foods."
And compelling new research has found that eating meat causes the bacteria in the gastrointestinal tract to produce a compound that may increase the risk of atherosclerosis (clogged arteries).
2. It's easy to lose weight.
Let face it. If you are eating a lot of plant foods, many of which have only 10 to 50 calories per cup, you are going to lose weight. If you eat these foods instead of fast, fatty, processed, and sweet foods, you will cut out a ton of calories -- and the best part is, you will feel full!
The classic American meal is a burger, fries, and a coke. At McDonald's, you can buy the following for 1,140 calories:
  • Quarter Pounder with cheese
  • Medium order of fries
  • Medium coke

Or you can have the following plant foods for 1,140 calories.

Salad:

  • 3 cups spring mix salad greens

  • 3 tablespoons hummus

  • ½ cup kidney beans

  • 1 cup carrots

  • 1 cup tomatoes

  • 1 cup artichoke hearts

  • 1 cup sugar snap peas

  • 3 tablespoons balsamic vinegar mixed with 2 tablespoons of hummus as a salad dressing

And for dessert:

  • 2 apples

  • 2 bananas

  • 2 cups of blueberries
Additionally, some research shows that meat is independently associated with obesity.
3. It's good for the environment.
It takes about 15 pounds of grain to produce 1 pound of beef and about 5 pounds of grain to produce 1 pound of chicken. We grow a lot of grain to feed animals, but we would use less water and other energy resources if we ate the grain ourselves.
An article in Scientific American reveals that the amount of beef the average American eats in a year creates as much greenhouse gas as driving a car over 1,800 miles!
A report released by the Environmental Working Group actually calculated how much greenhouse gas is produced by the food we eat. Animal products are the highest producers. So forget the lamb and eat the lentils!

4. It saves you money.
Many people think eating fast food, such as McDonald's, is the cheapest way to eat. But actually eating plant-based foods can cost even less.
A McDonald's meal for four people -- including two Big Macs, a six-piece Chicken McNuggets meal, a small hamburger, four medium fries, and four medium drinks -- costs around $24.
But you could have lentil soup, salad, fruit, and sparkling mineral water for four people for about $10!
Granted, you would spend more time cooking the lentil soup. However, you could make a large pot, put it in the frig or freezer, and have it for lunch or dinner over the next few days, ultimately saving both time and money.
Beans, peas, and lentils are some of the cheapest foods you can buy. And a recent report even shows that fruits and veggies are more economical than we once thought.
5. You're not supporting animal cruelty.
None of us wants to see the horrific treatment that animals are subjected to for our benefit. I know I certainly don't. But I think it is important for all of us to understand how animals are treated so that we can make a conscious choice.
I will mention just one example as a case in point: gestation crates for pigs. Once the sows are artificially inseminated, they are put in crates with just enough room for their bodies for their entire pregnancy. As the sows get larger and larger, they often develop pressure sores. They urinate and defecate through slots in the bottom of the crate. The smell of ammonia is strong enough to cause lung problems. Once the sow delivers, it is back in the gestation crate. When the animals are spent, they are taken to slaughter. They use these horrific practices to save money and produce more meat. But at what cost? Pigs are intelligent animals, and I just cannot be a part of this kind of suffering to save a few dollars.
I am not a vegan. I do occasionally eat animal products, mostly fish and eggs, but when I do eat them I go out of my way buy to products from animals that have been humanely raised. One example is Vital Farms eggs. Yes, I pay more for them. However, for the very small amount of animal products I do eat, it is worth it and does not break the bank.
It's hard to argue with a plant-based diet when it benefits our health, waistline, environment, wallet, and conscience. Any movement toward more plants and less meat is a big step in the right direction. Why not skip the meat and eat some beans today?
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Jatobá delícia do Cerrado

http://poderdasfrutas.com/categoria/jatoba/

Nome científico: Hymenaea courbaril var. stilbocarpa (Hayne) Y.T. Lee & Langenh
Família botânica: Fabaceae (Leguminoseae – Caesalpinoideae)

Categoria: Doce
Origem: América tropical
Características da planta: Árvore geralmente com 20 metros de altura, tronco ereto, copa larga, folhas compostas, oblongas e acuminadas. Flores pequenas, reunidas em inflorescência terminal, de coloração esbranquiçada ou avermelhada.
Fruto: Tipo legume, alongado e arredondado, coriáceo, indeiscente, de coloração marrom-avermelhada e brilhante quando maduro. Sementes envoltas em polpa farinácea, de cor branco-amarelada e de sabor adocicado, aromática.
Frutificação: Primavera e verão
Propagação: Semente


O jatobá é um  fruto comestível. Apresenta-se sob a forma de uma baga. A polpa do jatobá possui minerais como o fósforo e o cálcio. Sua fonte de cálcio é três vezes maior que a do leite de vaca.
O jatobá contêm uma seiva (resina) que é obtida perfurando-se o tronco. Essa resina é também expelida pelo tronco e ramos, naturalmente, em grandes quantidades.
A seiva do jatobá pode ser utilizada na forma de suco, ingerindo um copo 1 ou 2 vezes por dia no caso de adulto. Para a criança basta um copo diluído durante o dia. Preparar o suco com a seiva do jatobá adicionando uma colher (café) da seiva para um copo de água. Pode adoçar o suco da seiva do jatobá com mel. Esse suco é ótimo contra a debilidade geral do organismo, fortalecendo-o nas afecções pulmonares. Nos casos de cistite aguda, essa resina produz efeitos maravilhosos nas crianças, age como tônico geral. E também nos adultos fortalece todo o sistema imunológico de maneira incrível.

Decepciona-se aquele que espera encontrar no jatobá um fruto que faça jus à sua importância e ao gigantismo da árvore que o produz. A dura casca marrom-avermelhada do fruto do jatobá esconde apenas uma polpa farinácea e amarelada, envolvendo cerca de 10 sementes pequenas. Doce, sim, e agradável ao paladar, é sem dúvida pouco apetitosa ou volumosa. O jeito, então, é aproveitar o jatobá no preparo de nutritiva farinha, com valor nutricional equivalente ao do fubá de milho.
Mas, obviamente, o jatobá não agrega tanta fama apenas por causa de seu fruto, uma fava semelhante ao ingá e ao tamarindo. A altura, o porte elegante e a largura de seu tronco (que chega a alcançar mais de 1 metro de diâmetro), são o que mais chama a atenção no jatobá. Sendo uma das maiores árvores por aqui existentes, o jatobá torna-se indispensável na arborização de parques e jardins e ainda na composição de áreas reflorestadas.

O jatobá tem duas importantes qualidades somando-se a todas essas: a fácil germinação da sua semente, que permite sua rápida multiplicação, e a longevidade. Pelo interior do país, é comum ouvir-se dizer que alguém “é velho como um jatobazeiro“, numa referência àquele que se mantém vivo e lúcido, apesar da idade avançada.
Encontrado em diferentes variedades na extensa região que vai do Piauí ao norte do Paraná, infelizmente a madeira é o produto mais valorizado do jatobá. Pesada, dura e resistente, é usada habitualmente na construção civil, mas também para acabamentos internos de casas.
Mas quem derruba o jatobazeiro só para aproveitar sua madeira certamente desconhece os outros valores de que está abdicando. A resina que se retira do tronco do jatobá, além de apropriada para a fabricação de verniz, parece ter importantes propriedades curativas, sendo utilizada, na medicina popular, no auxílio do tratamento de bronquite, asma, laringite e deficiências pulmonares em geral.
Fontes: Livros Frutas Brasil Frutas e As 50 Frutas e seus Benefícios Medicina

terça-feira, 22 de outubro de 2013

PEQUI da hora!!!!!!Tudo!

plantas do cerrado
http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/pequi.html
#8 - Pequi
Caryocar brasiliense Cambess.
Outros nomes regionais e locais são piqui, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim, suari e piquiá. Família Caryocaraceae
De como, no prazo duma hora só, careci de ir me vendo escorando rifle (...) trepado em jatobá e pequizeiro, deitado no azul duma lage grande.

João Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas.
O Pequi
Pequizeiro em cerrado no Núcleo Rural Boa Esperança II, Distrito Federal, a espécie é protegida pela legislação. Fotografia de F. Tatagiba em 20/12/2006.
O pequizeiro é uma árvore que habita cerrados, cerradões e matas secas ao longo de todo o bioma Cerrado, sendo que queimadas recorrentes podem manter o pequizeiro na forma de subarbusto, em campos sujos; possui ramos (Fotos 2A e 2B) grossos normalmente tortuosos, casca cinzenta com fissuras longitudinais e cristas descontínuas; folhas são compostas, trifolioladas; opostas (desenvolvem-se duas de cada nó do ramo); os folíolos podem medir até 20 cm de comprimento e são recobertos por densa pilosidade, assim como as extremidades dos ramos; suas flores (Foto 3) de até 8 cm de diâmetro, são hermafroditas, compostas por cinco pétalas esbranquiçadas, livres entre si, com numerosos e vistosos estames (masculinos). O pequizeiro floresce durante os meses de agosto a novembro, com frutos (Foto 4A e 4B) madurando a partir de setembro (normalmente novembro) até o início de fevereiro.
O pequizeiro é uma árvore de múltiplos valores: ecológico, cultural, gastronômico, medicinal, econômico...
Pequi
A. Tronco e ramos tortuosos do Pequizeiro; B. Casca com fissuras e cristas descontínuas no tronco do pequizeiro.
 
 
Em estudo bibliográfico das espécies de plantas medicinais do Mato Grosso, verificou-se um predomínio na utilização de espécies arbóreas (31%), seguidas de ervas (24%), arbustos (17%), subarbustos (12%), trepadeiras (9%), palmeiras (2%), epífitas (1,5%) e cactos (0,5%), para 3% das espécies não foi informado o hábito. Este estudo identificou dezenove artigos tratando do pequi como espécie medicinal. Sua utilização medicinal se dá como afrodisíaco, no tratamento de problemas respiratórios e suas folhas são adstringentes, além de estimularem o funcionamento do fígado. É utilizado para fins medicinais em toda sua área ocorrência.
Pequi
Pequizeiro florido. Tatagiba, setembro de 2006, município de Nova Roma-GO, Vão do Rio Paranã.
Caryocar brasiliense
A. Frutos imaturos de pequi, coloração de vinho; B. Frutos de pequi de vez. Núcleo Rural Boa Esperança II, Distrito Federal.
Utilização medicinal do Pequi.
Indicações
Parte usada
Preparo e dosagem
a. na asma, bronquite, coqueluche
a. óleo da castanha
a. extrai-se o óleo das sementes e pinga-se 3-5 gotas na comida ( 2X ao dia).
b. na asma, bronquite, coqueluche e resfriados b. caroços b. deixar ferventar 15-20 caroços de pequi, escorrer a água até os caroços secarem. Colocar em um frasco de vidro e completar com óleo vegetal previamente esquentado. Utilizar o óleo 2x ao dia nas principais refeições ou dissolver 1 colher de café do óleo de pequi em 1 colher de café de mel e tomar 2x ao dia.
c. afrodisíaco e tônico c. caroços c. deixar por vários dias 15-20 caroços de pequi em repouso na cachaça. Tomar 2 colheres de sopa ao dia.
Fonte: Rodrigues e Carvalho 2001b
 A utilização terapêutica do pequi não está restrita à medicina popular. Nas últimas décadas, tem sido observado um aumento acentuado de infecções fúngicas, as quais contribuem para uma elevada taxa de mortalidade em pacientes imunocomprometidos. A criptococose causada por Cryptococcus neoformans é considerada micose oportunista, freqüentemente diagnosticada produzindo lesões principalmente no sistema nervoso central em pacientes com AIDS. Em trabalho publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, foi descrita a atividade antifúngica das folhas (extrato bruto etanólico, fração acetato de etila e cera epicuticular), dos dois principais componentes presentes no óleo essencial das sementes, além dos óleos fixos da amêndoa e da semente de pequi sobre isolados de C. neoformans var. neoformans e de C. neoformans var gattii. Foi verificado neste trabalho que a parte mais ativa contra os fungos é a cera epicuticular da folha, coletada no período da seca, inibindo o crescimento de 91,3% dos isolados de fungos.
Na mitologia xamãnica dos Wauja, povo que habita o Alto Xingu, Barcelos Neto relata que o Jacaré e o Beija-flor são “donos” (wekeho) do pequi, o primeiro em função dessa fruta ter se originado de seus testículos e o segundo por ter uma predileção pela fruta e, em função disso, tersido um dos primeiros Animais a cultivá-la. Wekeho é a dimensão espiritual relacionada aos seres corpóreos, o “dono” concede (material ou espiritualmente) ao mesmo tempo em que protege os recursos.
Estudo realizado com o povo Teréna, do Mato Grosso do Sul, revelou que 67,2% coletam frutos silvestres. Dentre os frutos coletados foram identificados a bocaiúva (Acrocomia aculeata), araticum (Annona dioica), jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), jenipapo (Genipa americana), coroa (Mouriri elliptica), buriti (Mauritia flexuosa), pequi (Caryocar brasiliense), jurubeba (Solanum paniculatum) ingá (Inga uruguensis), guariroba/gueroba (Syagrus oleracea), araçá (Psidium guineense), urucum (Bixa orellana) e caraguatá (Bromelia balansae). A captura de animais e coleta de frutos silvestres é feita com dificuldades devido à limitação da área na reserva.
Pequi
"O Garanço se regalava com os pequís, relando devegar nos dentes aquela polpa amarela enjoada. Aceitei não, daquilo não provo: por demais distraído que sou, sempre receei dar nos espinhos, craváveis em língua"
João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas pg. 184.
O pequi integra a base cultural do centroeste brasileiro, sendo um elemento essencial na culinária regional do Cerrado. “Arroz com Pequi” é o prato típico do Goiás, onde o fruto também é tradicionalmente preparado em gordas e saborosas galinhadas. O emprego do pequi na dieta da população cerratense já tem mérito terapêutico, uma vez que é excelente na prevenção e combate à hipovitaminose A. Além do pequi, tucumã (Astrocaryum aculeatum), a macaúba (Acrocomia aculeata), a pupunha (Bactris gasipaes), o dendê (Elaeis guineensis) e, especialmente o buriti (Mauritia flexuosa) são ainda outras importantes fontes regionais de carotenóides no Brasil.
composição do Pequi
relação ecológica no Pequi
Percevejo (Hemíptera), em estágio imaturo de desenvolvimento, parasitando o pequizeiro, enquanto mantêm relação de mutualismo com a formiga (Himenóptera), que se alimenta do líquido adocicado produzido pelo seu “gadinho”. Alimentada pelo percevejo, a formiga o protege de eventuais agressores, ambos se beneficiam.
Fotografia: F. Tatagiba, Núcleo Rural Boa Esperança II, Distrito Federal, 20/12/2006.
Na Central de Abastecimento de Goiás (CEASA-GO) foram comercializadas 2.800 toneladas de pequi in natura, no ano de 2002, com preço médio de R$460,00 a tonelada. Atualmente podemos encontrar nos comércios urbanos pequi em conserva, em pasta ou na forma de licor, sorvetes e picolés.
No município de Japonvar, região norte de Minas Gerais, foram observadas quase 50 espécies de insetos herbívoros de vida livre associadas ao pequizeiro. São dezenas de espécies de insetos que têm nos ramos, folhas e seiva do pequizeiro essencial fonte de nutrientes.
Após publicação da Portaria Federal 54, em março de 1987, do antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), hoje Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), é proibido o corte e comercialização de madeira do pequizeiro em todo o território nacional. A espécie possui madeira de excelente qualidade, estando entre as menos susceptíveis ao ataque por cupins de madeira seca, tais como o Cryptotermis brevi. O cupim de madeira seca é considerado como o mais importante do ponto de vista econômico no Brasil.
Um decreto de junho de 1993, entre outras medidas, torna imunes ao corte no Distrito Federal, além do pequi, o buriti (Mauritia flexuosa), copaíba (Copaifera langsdorffii), cagaita (Eugenia uniflora), sucupira-branca (Pterodon pubescens), todos os ipês (Tabebuia spp.), entre outras espécies do Cerrado, consideradas Patrimônio Ecológico.
No ano de 2001, em concurso realizado pelo Instituto Estadual de Florestas-MG, o pequizeiro foi eleito “Árvore Símbolo do Estado de Minas Gerais”. Há dezessete anos é realizada em Montes Claros, no norte do estado, a Festa Nacional do Pequi, ocasião em que moradores da região festejam o Cerrado, sob o signo desta importante espécie.
O Cerrado é povoado por espécies como pequi, ipês, aroeira, gravatás e orquídeas diversas, todas valiosas economicamente, fornecedoras de uma vasta gama de produtos vegetais madeireiros e não madeireiros. Entretanto, o bioma carece de uma política ampla, que integre as diversas iniciativas produtivas e conservacionistas, com vistas a reverter o grave processo de devastação pelo qual vem sofrendo. O modelo de ocupação e “desenvolvimento” empregado para a região (semelhante a outros biomas adjascentes), de maneira geral, está dizimando um manancial de recursos energéticos, medicinais, madeireiros, ornamentais, alimentares e culturais. Governantes da região, especialmente prefeitos, têm papel chave nas mãos, com a possibilidade de implementar políticas públicas conciliando utilização produtiva de espécies vegetais nativas do Cerrado com conservação e desenvolvimento humano, em nível local. Tal como a utilização de pequi, mangaba, buriti, baru, jatobá, araticum entre outras, na merenda escolar ou em dietas hospitalares, aliado à uma política adequada de desenvolvimento rural. A sociedade também pode contribuir, optando por consumir produtos do Cerrado e utilizando espécies nativas em seus jardins.
Estamos bem distantes do ideal, mas já temos opções de produtos do Cerrado: a Embrapa Cerrado, assim como diversos pequenos viveiros de mudas comercializam espécies nativas; A Rede de Sementes do Cerrado, articula iniciativas para o manejo de sementes no bioma; O catálogo do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), apresenta uma variedade de produtos baseados em espécies nativas e elaborados por produtores do Cerrado de maneira sustentável. Vale à pena conferir os produtos deste catálogo, bem como outros que podemos encontrar nos mercados e na internet*.
É preciso que a sociedade brasileira opte por comer o Cerrado, no bom sentido, é claro! Ou como diria João Fernandes**, parafraseando Manoel Bandeira em uma de suas belas camisetas: Pequi or not Pequi? Eis a questão.
*Para obter contatos e endereços de produtores e comerciantes que trabalham com pequi e outras espécies do Cerrado, veja a lista organizada pela EMBRAPA-CPAC, no endereço (acessando “Produtos”): http://cmbbc.cpac.embrapa.br
** João Fernandes é proprietário do Santuário Raizama, na Chapada dos Veadeiros-GO, produz camisetas com fotografias de espécies da flora e outras temáticas do Cerrado, como rios, cachoeiras, serras e povos.

Referências e sugestões bibliográficas sobre o Pequi.
Acesse os trabalhos de seu interesse, clicando no endereço eletrônico.

ALMEIDA, S.P.; PROENÇA, C.E.B.; SANO, S.M.; RIBEIRO, J.F. , 1998. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMPRAPA-CEPAC.
Ambrósio, C.L.B.; Siqueira Campos, F. de A.C. e; Faro, Z.P. de. 2006. Carotenóides como alternativa contra a hipovitaminose A. Rev. Nutr. vol.19 no.2 Campinas. www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000200010
Andreazza, L.N. ; Cardoso, L.C.V. ; Kühne, F. ; Oliveira, M.S. 2005. Jogo para Identificação e memorização de caracteres morfológicos vegetativos de espécies lenhosas do cerrado do município de Ipiranga, São Paulo. 24pp.UNICAMP. www.ib.unicamp.br/profs/fsantos/ecocampo/bt791/2005/R3-a.pdf
Assunção, S.L. & Felfili, J.M. 2004. Fitossociologia de um fragmento de cerrado sensu stricto na APA do Paranoá, DF, Brasil. Acta Bot. Bras. vol.18 no.4. São Paulo www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062004000400021
Barcelos Neto, A. 2006. “Doença de Índio”: O princípio patogênico da alteridade e os modos de transformação em uma cosmologia amazônica. Campos 7(1): 09-34. http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/campos/article/viewFile/5451/4005
Barreira, S. et al. 2000. Efeitos de Diferentes Intensidades de Corte Seletivo sobre a Regeneração Natural de Cerrado. Cerne, V.6, N.1, p. 40-51. Lavras. www.dcf.ufla.br/cerne/revistav6n1-2000/5-ARTIGO.PDF
Carmo, M.S. & Comitre, V. 2002. Estudos Sócio-Econômicos : Tipologia dos Agricultores e adequção das políticas públicas na conservação dos remanescentes de Cerrado de domínio privado no Estado de São Paulo. BIOTA/FAPESP – O Instituto Virtual da Biodiversidade. 35pp. http://galileu.globo.com/edic/135/carmo.pdf
Castellani, D.C. Plantas Medicinais e Aromáticas: Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM). 17pp. Universidade Estadual do Mato Grosso. www.ufmt.br/etnoplan/artigos/Plantasmedicinaisearomticasprodutosflorestaismadeireiros.pdf
Fernandes, L.C.; Fagundes, M.; Santos, G.A. dos; Silva G. M. 2001. Abundância de insetos herbívoros associados ao pequizeiro (Caryocar brasiliense Cambess.) Rev. Árvore vol.28 no.6 Viçosa Nov./Dec.
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Passos, X.S.; Santos, S.C.; Ferri, P_.H.; Lisboa Fernandes, O.F.; Freitas Paula, T. de.; Garcia, A.C.F.; Silva, M.R.R. 2002. Atividade antifúngica de Caryocar brasiliensis (Caryocaraceae) sobre Cryptococcus neoformans. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. v.35 n.6. Uberaba, MG. www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822002000600013&lng=es&nrm=iso
Perez, E. 2004. Diagnose Fitoquímica de Frutos de Caryocar brasileinse Camb., Caryocaraceae. Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/6582?mode=simple
Ribas, D.L.B.; Sganzerla, A.; Zorzatto, J.R.; Philippi, S.T. 2001. Nutrição e saúde infantil em uma comunidade indígena Teréna, Mato Grosso do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública v.17 n.2 Rio de Janeiro. www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000200007&lng=es&nrm=iso
Rigonato, V.D. & Almeida, M.D. de ; 2003. A Singularidade do Cerrado - Interrelação das Populações Tradicionais com as Fitofisionomias. Observatório Geográfico de Goiás. www.observatoriogeogoias.com.br/observatoriogeogoias/artigos_pdf/DIAS%20_4_,%20Valnei%20Rigonato.pdf
Rodrigues, V.E.G; Carvalho, D.A. de. 2001a. Levantamento Etnobotânico de Plantas Medicinais no Domínio do Cerrado na Região do Alto Rio Grande – Minas Gerais. Ciênc. Agrotec. , V.25, n.1, p. 102-123. Lavras. www.editora.ufla.br/revista/25_1/art13.pdf
Rodrigues, V.E.G e Carvalho, D.A.de; 2001b. Plantas medicinais no domínio dos cerrados. Lavras, 180p.
Rosa, J.G. 2006. Grande Sertão: veredas. 1.ed. – Rio de Janeiro, Nova Fronteira, (Biblioteca do Estudante).

Saporetti Jr., A.W. ; Neto, J.A.M. ; Almado, R, deP. 2003. Fitossociologia de cerrado Sensu Stricto no Município de Abaeté-MG. R. Árvore, Viçosa-MG, v.27, n.3, p.413-419. www.scielo.br/pdf/rarv/v27n3/a20v27n3.pdf
Sawyer, D. et al. (Com.Ed.). Long Live the Cerrado – Susteinable Products and Livelihoods supported by GEF Small Grants Programme in Brazil. PPP-ECOS, Programa de Pequenos Projetos Ecossociais. www.ispn.org.br
Silva, D.B. da; et al., 2001. Frutas do Cerrado. Brasília: Emprapa Informação Tecnológica.
Silva Júnior, M.C. et al. 2005. 100 Árvores do Cerrado: guia de campo. Brasília, Ed. Rede de Sementes do Cerrado, 278p.

Fernando Tatagiba, Msc. - tatagiba@biologo.com.br
Biólogo/botânico.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

I Encontro Regional de Merendeiras (Alto Paraíso de Goiás

I Encontro Regional de Merendeiras
Postado Terça-feira, 24 de Setembro de 2013
http://www.ideiasnamesa.unb.br/index.php?r=experienciaUsuario/view&id=218
Lucimar e a massa para pamonha assada
Milho ORGÂNICO!!!!!!

Dira e o prato colorido

As cascas vão para o composto
Rosinha faz as bolinhas para abrir como CHAPATIS
Polpas de MANGA dos agricultores para a Alimentação Escolar


 
Postado por
claudia lulkin

Alto Paraíso de Goiás - GO
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Organização/Instituição Promotora da Experiência: Centro UnB Cerrado/Subsecretaria de Educação de Planaltina de Goiás/SME - Alto Paraíso de Goiás
Área da Experiência: Agricultura, Educação, Saúde
Niveis Atuacao: Estadual/Distrital
Setor da Organização/Instituição: Público
Sujeito Idade: 20 a 59 anos,
Número Aproximado de Participantes da Experiência: 0-50
Sujeito Caracteristica: Gestores, Manipuladores de Alimentos / Merendeiros , Outros
Tipo Local: Instituição Privada
Tipo Experiencia: Dinâmica em Grupo, Material Audio-visual, Oficina/Workshop, Palestra, Roda de Conversa
Tematica: Agricultura Familiar, Alimentação Adequada e Saudável, Formação Profissional, Hortas, Segurança Alimentar e Nutricional , Sustentabilidade


Justificativa: As "merendeiras" são profissionais com papel importante na construção dos elos entre a Agricultura Familiar e a Alimentação Escolar. Delas depende, inclusive, a aceitação das novas preparações que vem sendo introduzidas na "merenda". A alimentação industrial gerou distorções nos "sabores" naturais. Com a entrada da Agricultura Familiar em cena, mobilizar as Merendeiras é uma necessidade do momento, assim como mobilizar Gestores que ainda não se apropriaram da idéia e da prática.

Objetivos: -Possibilitar um encontro prazeroso. -Oportunizar a troca de informações e práticas em culinária saudável. -Compartilhar a importância da agricultura familiar na alimentação escolar (merenda) e na saúde sócio-ambiental da coletividade. -Inspirar a busca pela própria saúde física, mental, E espiritual. -Formar cidadãs responsáveis e atuantes na comunidade em que vivem e atuam.

Materiais Utilizados na Experiência: Alimentos na Oficina de Culinária Prática Data Show e Power Point sobre o tema Banner da Cooper Frutos do Cerrado Horta demonstrativa Compostagem Demonstrativa Presentes (inclusive um Liquidificador sorteado entre os participantes) Folha para registro de depoimentos/avaliação CD com textos para as gestoras

Passo a Passo(Métodos): As gestoras e merendeiras provindas dos outros Municípios vizinhos de Alto Paraíso de Goiás (S João d'Alinaça, São Gabriel e Planaltina de Goiás) encontraram-se com as gestoras e merendeiras locais na SME, para um café da manhã com alimentos "da ROÇA". Após, em ônibus escolar, saíram para a Fazenda Paraíso dos Pândavas, sede do I Encontro regional de Merendeiras". Na Fazenda receberam uma aula de trabalho corporal para alongamento, relaxamento e respiração, considerando que o trabalho nas cozinhas das escolas é extenuante, gera varizes e problemas na coluna vertebral. Após, inicia-se a aula prática para preparação do almoço coletivo, orientado por cozinheiro da Fazenda com as seguinte preparações: Chapatis (pão sem fermento), arroz integral com cúrcuma, creme de abóbora com leite de coco, legumes refogados com temperos orientais que são usuais na cozinha regional goiana (gengibre, cúrucma, canela, cravo), saladas variadas com verduras da agricultura familiar, sucos de polpas congeladas de frutas locais... O grupo almoçou, se deliciou e teve um tempo para descanso e conversas. Logo após foi visitar a horta de temperos e conhecer a compostagem feito no local. No início da tarde, as gestoras deram alguns depoimentos e foi apresentado um Power Point que demonstrou o lugar da merendeira dentro da Rede de Relações institucionais, entendendo a posição da Agricultura Familiar no PNAE, o PAA. Depois fez-se sorteio de brindes e do liquidificador. Encerrou-se o I Encontro regional de Merendeiras com a escrita dos depoimentos e a volta à Alto Paraíso de Goiás.

Resultado e Avaliação da Experiência: As merendeiras gostaram imensamente do Encontro (segundo seus próprios depoimentos). Primeiramente pela possibilidade de afastarem-se de sua rotina, depois por poderem estabelecer relações com companheiras de outras escolas e de outros municípios e, finalmente, por conhecer uma cultura distinta que usa os mesmos alimentos usuais tratados de forma diferente, já que a Fazenda Paraíso dos Pândavas é de um grupo de cultura védica que sempre tem apoiado a "merenda" escolar local. Ganhar brindes também mobiliza muito pois foi um sorteio divertido.

Resumo da Experiêcia: A política de comprar parte da alimentação escolar da agricultura familiar vem aproximando famílias que tem no campo sua origem. Em Alto Paraíso de Goiás todos tem "um pé na Roça". Valorizar o trabalho da merendeira e ela poder voltar a reconhecer as raízes que são de todos (pois que há muito pouco tempo a urbanização ocupa nossa vida e nossas mentes, nos trasnformando em meros consumidores) nos aproxima de bens culturais maiores-proximidade de relações, valorização do campo com seus alimentos locais, reconhecimento do Cerrado como Bioma com perigos de extinção, valorização das águas ainda cristalinas e um sentido de pertencimento e HUMANIDADE. Esse I Encontro Regional de Merendeiras se segue a outro encontro menosr feito no final de 2011. Apesar das dificuldades que sempre vivemos em municípios pequenos e com dificuldades na própria agricultura familiar, abandonada por longo tempo, também mais próximos estamos da produção de alimentos e da própria natureza, tão rica e tão BIOdiversa.

Palavras-Chave: Encontro REGIONAL Merendeiras Agricultura Familiar/Alimentação Escolar

Interesses: Sem conflito de interesses. Pede-se a gentileza de entrar em contato quando achar interessante a idéia e quiser replicá-la.

Custo da Experiência (R$): 250,00

Origem do Recurso/Fonte Financiadora da Experiência: Centro UnB Cerrado/SME e duas gestoras


Álbum de Fotos da Experiência