http://www.cnph.embrapa.br/organica/pdf/programacao_seminario_agroecologia.pdf
Ação com jovens de comunidades rurais de Alto Paraíso de Goiás
LARANJEIRA, Nina Paula¹, LULKIN, Claudia
¹Centro UnB Cerrado, ninalaranjeira@unb.br
Palavras-Chave: educação ambiental, segurança alimentar, sustentabilidade,
identidade,
Relato de Experiência
Este resumo trata da experiência desenvolvida no âmbito do Centro UnB Cerrado
(ainda em andamento), em áreas rurais do município de Alto Paraíso de Goiás, com
início em junho de 2011. Esta ação é parte do projeto da Emenda Funcional
Programática da Bancada do Distrito Federal nº 7108 0004 19.572.0471.8976.001.
No ano de 2011, foi oferecido curso de Agroecologia, com 200 horas/aula, para jovens a partir de 14 anos, estudantes do ensino básico, nos espaços das escolas (e em parceria com estas) das comunidades do Sertão e da Cidade da Fraternidade/
Assentamento Silvio Rodrigues. Paralelamente, trabalhamos projetos de pesquisa e extensão com o intuito de conhecer as comunidades, utilizando metodologias científicas aplicadas pelos próprios estudantes. Foram levantados dados socioeconômicos, de produção agropecuária, de hábitos de vida e alimentares, e
descrição ambiental. O principal objetivo desta caracterização foi trabalhar a identidade dessas comunidades, sua relação com a terra, buscar alternativas para geração de renda e conservação do BIOMA CERRADO. Após essa caracterização,
em 2012 iniciamos o desenvolvimento de projetos propostos pelos estudantes.
Como desafio, a descrença e desinteresse da juventude no valor da terra enquanto meio de produção e de vida. Buscou-se valorizar o campo, por meio do trabalho com a identidade, e do debate de temas como agroecologia, comunidades do campo &
conservação do cerrado, mudança de paradigma na relação com a natureza & papel do homem do campo nesse contexto, segurança e soberania alimentar. As duas comunidades diferem em aspectos como geografia e estado de conservação do bioma, história, relação com a terra, relações sociais, produção de alimentos e
hábitos alimentares, papel de lideranças locais. Os respectivos contextos exigem diferentes ações, e resultaram em desdobramentos diferenciados para 2012. A comunidade do Sertão é mais tradicional, tem relação forte com a terra, há muitas
gerações no território, mas com grande dificuldade de acesso e dependência do transporte da prefeitura local para desenvolvimento do projeto. Por isso, o ritmo aí foi mais lento e optaram por fortalecer e ampliar os projetos iniciados na escola em 2011: sistema agroflorestal, viveiro, meliponicultura, banco de sementes e horta - e a partir destas experiências levar para as propriedades. Já no Assentamento SílvioRodrigues, iniciado com o acampamento do MST há oito anos, e com cinco de pré-
assentamento, boa parte das 119 famílias é oriunda de áreas urbanas, tendo pouca tradição de cultivo. Por outro lado, a Cidade da Fraternidade e sua mantenedora (OSCAL), onde está o Assentamento, oferecem grande suporte, incluindo o
transporte, oportunidades de formação e o ambiente da Escola Humberto de Campos, onde se faz o amálgama dessa nova cultura, e que vem a somar-se à ação da UnB. A dificuldade de acesso à água e a falta de energia elétrica na maioria dos
lotes cria diversas dificuldades que estão sendo discutidas. Assim, os projetos aí desenvolvidos buscam soluções para a questão da água, por exemplo a construção de bomba carneiro a baixo custo, maior investimento na colheita e comercialização de sementes.
Agradecimentos:
OSCAL (Organização Social Cristã-Espírita André Luiz), e APROMAS (Associação dos Produtores e do Meio Ambiente do Sertão), entidades locais de apoio ao projeto.
identidade,
Relato de Experiência
Este resumo trata da experiência desenvolvida no âmbito do Centro UnB Cerrado
(ainda em andamento), em áreas rurais do município de Alto Paraíso de Goiás, com
início em junho de 2011. Esta ação é parte do projeto da Emenda Funcional
Programática da Bancada do Distrito Federal nº 7108 0004 19.572.0471.8976.001.
No ano de 2011, foi oferecido curso de Agroecologia, com 200 horas/aula, para jovens a partir de 14 anos, estudantes do ensino básico, nos espaços das escolas (e em parceria com estas) das comunidades do Sertão e da Cidade da Fraternidade/
Assentamento Silvio Rodrigues. Paralelamente, trabalhamos projetos de pesquisa e extensão com o intuito de conhecer as comunidades, utilizando metodologias científicas aplicadas pelos próprios estudantes. Foram levantados dados socioeconômicos, de produção agropecuária, de hábitos de vida e alimentares, e
descrição ambiental. O principal objetivo desta caracterização foi trabalhar a identidade dessas comunidades, sua relação com a terra, buscar alternativas para geração de renda e conservação do BIOMA CERRADO. Após essa caracterização,
em 2012 iniciamos o desenvolvimento de projetos propostos pelos estudantes.
Como desafio, a descrença e desinteresse da juventude no valor da terra enquanto meio de produção e de vida. Buscou-se valorizar o campo, por meio do trabalho com a identidade, e do debate de temas como agroecologia, comunidades do campo &
conservação do cerrado, mudança de paradigma na relação com a natureza & papel do homem do campo nesse contexto, segurança e soberania alimentar. As duas comunidades diferem em aspectos como geografia e estado de conservação do bioma, história, relação com a terra, relações sociais, produção de alimentos e
hábitos alimentares, papel de lideranças locais. Os respectivos contextos exigem diferentes ações, e resultaram em desdobramentos diferenciados para 2012. A comunidade do Sertão é mais tradicional, tem relação forte com a terra, há muitas
gerações no território, mas com grande dificuldade de acesso e dependência do transporte da prefeitura local para desenvolvimento do projeto. Por isso, o ritmo aí foi mais lento e optaram por fortalecer e ampliar os projetos iniciados na escola em 2011: sistema agroflorestal, viveiro, meliponicultura, banco de sementes e horta - e a partir destas experiências levar para as propriedades. Já no Assentamento SílvioRodrigues, iniciado com o acampamento do MST há oito anos, e com cinco de pré-
assentamento, boa parte das 119 famílias é oriunda de áreas urbanas, tendo pouca tradição de cultivo. Por outro lado, a Cidade da Fraternidade e sua mantenedora (OSCAL), onde está o Assentamento, oferecem grande suporte, incluindo o
transporte, oportunidades de formação e o ambiente da Escola Humberto de Campos, onde se faz o amálgama dessa nova cultura, e que vem a somar-se à ação da UnB. A dificuldade de acesso à água e a falta de energia elétrica na maioria dos
lotes cria diversas dificuldades que estão sendo discutidas. Assim, os projetos aí desenvolvidos buscam soluções para a questão da água, por exemplo a construção de bomba carneiro a baixo custo, maior investimento na colheita e comercialização de sementes.
Agradecimentos:
OSCAL (Organização Social Cristã-Espírita André Luiz), e APROMAS (Associação dos Produtores e do Meio Ambiente do Sertão), entidades locais de apoio ao projeto.
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