Pro-Animal realiza vigília pelas almas dos animais
Fotos: Emerson Machado
Animais têm alma? Há muito tempo índios e negros eram considerados seres sem alma – forma de justificar a crueldade com que eram tratados. Atualmente, surge uma consciência da população que considera animais de estimação como possuidores de alma. O que faz com que estes animais tenham o privilégio que os não domesticados não tem?
A partir destes questionamentos, o grupo ativista pelos direitos animais Pro-Animal realizou na madrugada de sábado (03) uma vigília pelas almas animais exploradas e mortas diariamente, fazendo uma alusão a uma das épocas mais contraditórias do ano pela qual estamos passando, o Natal, quando celebramos o surgimento da vida com morte em nossos pratos.
Com direito a fogueira e chimarrão, a atividade ocorreu entre um matadouro e um cemitério em São Leopoldo. Durante a vigília, caminhões transitavam transportando os animais para a morte (abate) e outros deixavam o matadouro já com as carcaças em câmaras frigoríficas.
O termo alma é entendido pelos ativistas, também, como energia vital, força, espírito, vida, etc., sem fugir do racionalismo ético animalista na qual a luta pelos direitos animais está fundamentada.
Em torno da fogueira, o grupo citou dizeres sobre a causa de pensadores como Tolstoy, Pitágoras, Einstein, Ghandi, Paul McCartney, entre outros. Foi feita, ainda, a apresentação das principais causas de exploração e morte de animais, a discussão e queima simbólica dos termos que as compõe. Testes em animais, rodeios, indústria de pele e couro, indústria leiteira, pecuária, uso de jaulas e gaiolas, foram algumas das palavras queimadas.
“Queremos com essa ação chamar a atenção das pessoas de que as ações práticas decorrentes da fé, seja qual ela for, e da espiritualidade, também devem ser extendidas aos demais seres que cohabitam com os humanos este mundo. Os animais não humanos também querem viver em paz e não sofrer da forma que vem sofrendo pelas mãos humanas!”, destacou Márcio Linck. O biólogo Gabriel Gasperin reforçou que é fundamental questionarmos nossos hábitos, culturas, tradições e crenças que usamos como justificativa para todo o massacre pelo qual os animais são submetidos no mundo.
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