otos: Marcio de Almeida Bueno
Grupos se posicionaram junto à entrada principal da Expointer
Uma prova de resistência física. Sob calor de 30 graus, Sol forte e sensação térmica ampliada pelo asfalto, as ONGs Projeto Pró-Animal, de São Leopoldo, e Vanguarda Abolicionista, de Porto Alegre, estiveram realizando mais um protesto em frente à Expointer, em Esteio. Das 9h até o final da tarde de domingo, 4 de setembro, ativistas estiveram levando a mensagem da libertação animal a um público de 82 mil pessoas, segundo números oficiais.
Ativista panfleteia junto ao brete humano instalado pela organização da feira
A multidão era tamanha que, por mais de uma vez, a Polícia Rodoviária Federal gentilmente solicitou que os manifestantes trocassem o ponto de base da ação, para facilitar o fluxo de pessoas. A fila para entrada na 34ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários - uma das maiores do mundo, ia quase até a estação do metrô.
Detalhe para a faca na cintura do ruralista trajado a rigor
A Pró-Animal levou um banner sobre abate feito exclusivamente para o evento, reproduzido em milhares de panfletos, enquanto a Vanguarda compareceu com suas faixas e banners coloridos de praxe, além de milhares de panfletos focados na chinchila - o RS é um grande exportador de pele desse animal para a China. Diversos criadores de chinchila estavam expondo na Expointer, e muitas pessoas se sensibilizaram ao ver um animal 'tão fofo' engaiolado à espera da esfola.
A VAL focou na indústria de peles, na qual o RS é líder nacional
Alguns pecuaristas passavam e olhavam com desconfiança ou indignação para os cartazes dos ativistas - especialmente um com com os dizeres 'Sou gaúcho mas sou contra a exploração animal'. Na abordagem, a proposta dos animalistas foi de que então cedessem espaço em suas fazendas para aposentadoria de cavalos retirados da carroça pela ONG Chicote Nunca Mais, parceira dos manifestantes. Todos acolheram bem a idéia de dar uma oportunidade de descanso vitalício a eqüinos cegos, aleijados ou idosos, e prometeram entrar em contato posterior.
Fotos: Fernando Schell Pereira
A despeito do antagonismo de idéias, gaúcho tradicionalista interessou-se em adotar um cavalo e um cachorro para deixar em sua fazenda
Um adolescente aproximou-se dos ativistas para contar que era vegetariano, assim como o pai, criador de ovelhas que deixou de comer carne. "Ele não mata mais, e nem vende as ovelhas, para outros não matarem", contou o jovem, que pegou diversos impressos para mostrar à família. Ao final da tarde, exaustos e com todos os panfletos distribuídos, ambos os grupos encerram a ação, considerada plena de validade e êxito.
Sobre o asfalto ardente, carroças também estiveram circulando pela Expointer
Garotada posicionada num Rio Grande so Sul com sérias alterações climáticas! De inverno rigoroso a verão escaldante em não menos de 2 semanas....
ResponderExcluirSerá que tudo tem relação?????
Mas o despertar da humanidade é CERTO!!!!!
EVOLVE TO SOLVE!!!!!
Hare Krshna-Namastê-Amém-Shalom-Le Chaim-Asés
Pela CuRa do Planeta Deus convoca em oração!!!!
O RIO GRANDE E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
ResponderExcluirSegundo Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais*:
- O Rio Grando do Sul é um dos cinco estados do Brasil mais afetados pelas mudanças climáticas.
- Não há mais como reverter os efeitos das mudanças climáticas no Estado. O desafio é não os tornar maiores.
- As ondas de calor estão aumentando e são cada vez mais frequentes no território gaúcho.
- Nos últimos anos, o Estado já chegou a contabilizar, em um mesmo dia, três vezes mais precipitações que ultrapassam de 50 milímetros do que em outros tempos.
- Para conter os efeitos das mudanças climáticas do Rio Grando do Sul, Carlos Nobre afirma ser necessário proteger a vegetação das encostas, topos de morro e beira de recursos hídricos. Por isso, mostra-se muito preocupado com as ocupações em áreas de risco e diz ser imprescindível o mapeamento dessas áreas, o que o vereador Beto Moesch procurou fazer, ao ter aprovadas emendas ao Plano Plurianual 2010/ 2013 que priorizam o reassentamento das famílias e preveem a elaboração do “Mapa de Áreas de Risco para Ocupação Humana em Porto Alegre.
Além disso, Nobre registra que a ocupação nas cidades precisa respeitar o máximo de 25 graus de inclinação do terreno. Pelo atual Código Florestal Brasileiro (CFB), não é permitida a ocupação de áreas com inclinação entre 25 a 45 graus. Essas colocações evidenciam ainda mais a importância da manutenção do atual CFB, que corre o risco de ser drasticamente modificado pelo Congresso Nacional.
(*) Os dados foram divulgados no evento “Programa Destinos e Ações para o Rio Grande - Conferência sobre mudanças climáticas e fenômenos (des)naturais”, ocorrido hoje (5/9), na Assembleia Legislativa.