Revolução Verde- BBB (Bife Barato Brasileiro)- queimadas- des MATAMENTO- agroquímica- transgenia, crueldade com animais, pobreza e favelização e afins:
O papel de Chico Mendes:
A ocupação intensiva gerenciada pelo governo na Amazônia na década de setenta atingiu tb o Acre.
PECUARISTAS do Sul do País chegaram para explorar a terra, substituindo os seringais por Fazendas de GADO (GADO= animais para alimento).
Segundo os seringueiros, até 1975, vieram abaixo 180 mil seringueiras e 80 mil castanheiras, num total de 1,5 milhões de árvores só em Xapuri.
Como conseqüência das derrubadas, 10 mil famílias de seringueiros sem trabalho acabaram como favelados na periferia da capital do Acre ou na Bolívia.
Conforme crescia a especulação das terras no Acre no final dos setenta, os trabalhadores começaram a se organizar para a tarefa de impedir os cortes.
"EMPATES" contra o desmatamento
Essa organização se chamou EMPATES. Nos empates os seringueiros acompanhados das mulheres e crianças colocavam-se entre as árvores e os tratores e as motosserras para impedir a destruição das florestas do Acre.
Vitórias frente a BORDON e o “Rei do Gado”
Em maio de 1985, Geraldo Bordon, dono da maior empacotadora de carne do Brasil proprietário do seringal Nazaré, recebeu permissão do escritório florestal para derrubar 1730 acres da floresta amazônica.
Essa área abrigava 1500 seringueiras e 600 castanheiras.
A permissão da Bordon era uma violação direta ao Código Florestal, que proibia o corte dessas duas espécies bem como o desmatamento ao longo dos bancos dos rios e dos córregos. Mesmo assim Bordon recrutou a ajuda da POLÍCIA Militar, que enviou oito policiais à área para dar cobertura ostensiva à derrubada.
Imediatamente vários EMPATES foram organizados no Seringal Nazaré.
Frente à firme e incansável oposição liderada por Chico Mendes, Bordon finalmente desistiu e vendeu suas terras no Acre.
Um outro poderoso paulista, Tb foi expulso pelos EMPATES, Rubens Andrade de Carvalho, o Rei do Gado, que possuía fazendas no sul do Brasil e nos EUA. Rubens havia comprado o seringal Filipinas para trasnformá-lo em pasto. Chico e seus companheiros tanto dificultaram a devastação da área que o chamado “rei” foi forçado a desistir de seus negócios no Acre
O ódio dos fazendeiros a Chico Mendes foi crescendo até seu assassinato em 22 de dezembro de 1988.
Chico Mendes por ele mesmo, Editora Martin Claret, verão de 1992
"Vejo a terra agonizando,
Pois o homem, sempre em guerra,
Mata a esperança, matando
O verde que há sobre a terra.
Águas dos rios, aguadas
De igarapés e cascatas,
Erguei-vos contra as queimadas,
Crie as nossas matas.
Incêndios e derrubadas
Dói ver, da copa às raízes,
As Florestas mutiladas,
Cobertas de cicatrizes...
Morrem, no vale e na serra,
O verde, o lirismo, a paz.
Onde ronca a motosserra,
Já não cantam sabiás....
Na Amazônia, Chico Mendes,
Que ainda luta e protesta,
Vive agora entre os duendes,
Protetores da floresta.
Peroba, ipê, samaúna
Caem nas mãos dos piratas.
Chico Mendes foi + uma,
Que tombou em nossas matas....
Sobrevivendo ao calvário
De uma queimada funesta
Um sabiá solitário
Chora a morte da floresta
CANTIGAS DO CÉU E DA TERRA
Trovas de ORLANDO BRTO
Xapuri - Acre - Brasil
Floresta nativa no Seringal Cachoeira, em Xapuri, local onde viveu Chico Mendes.
Entre as árvores, há uma castanheira (Bertholletia excelsa), também conhecida como castanha-do-brasil ou castanha-do-pará.
Devido à importância econômica para a região, tornou-se a mais famosa espécie de árvore nativa da Amazônia. Por este motivo, a árvore é protegida por lei, assim como acontece com o pau-brasil, e não pode ser derrubada em hipótese alguma.
http://www.flickr.com/photos/jurandir_lima/5270393614/
A Castanha-do-Pará |
A castanha-do-Pará, ou castanha-do-Brasil é a semente da castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa) uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa da Floresta Amazônica. Ela ocorre em árvores espalhadas às margens do Rio Amazonas, Rio Negro, Rio Orinoco, Rio Araguaia e Rio Tocantins. Embora tenha nomes tipicamente brasileiros, sendo chamada no exterior de “Brazil nut”, ela está presente nas Guianas, Venezuela, Brasil, leste da Colômbia, leste do Peru e leste da Bolívia. Para muitos, a castanha-do-Pará é considerada uma castanha, no entanto, para os especialistas, ela é uma semente, porque as castanhas são formadas por polpa branca e saborosa revestida por uma casca fina e brilhante, que não é o caso. Ao contrário, seu fruto é um pixídio lenhoso, globoso, com tamanho variável que recebe o nome de “ouriço”. As sementes ou “castanhas” são de forma angulosa, tendo no seu interior a “amêndoa”, de alto valor econômico e nutricional. O “ouriço” permanece na árvore por 15 meses, quando chega a pesar cerca de 1,5 Kg. Ao amadurecer, despenca do alto da castanheira, uma das maiores árvores da Amazônia, que chega a atingir entre 30 e 45 metros de altura. O maior produtor e exportador mundial da castanha-do-Pará é a Bolívia, respondendo por cerca de 50% de toda a produção. O Brasil é o segundo maior produtor, que responde por aproximadamente 40% da produção mundial. Na Saúde Seu valor biológico é grande para fins alimentícios, pois contém em torno de 17% de proteína – cerca de cinco vezes o conteúdo protéico do leite bovino in natura. Fator importante, também, é que a proteína desta semente possui os aminoácidos essenciais ao ser humano. Seu teor de gordura é extremamente elevado, em torno de 67%, com somente 7% de carboidrato (fibras), além das vitaminas A, C, B1, B2 e B5. Rica em fósforo e cálcio, é o alimento do planeta mais rico em selênio. Alguns estudos mostraram que essa oleaginosa ajuda a prevenir câncer, esclerose múltipla e mal de Alzheimer. Sua fração oleosa é rica em ácidos graxos monoinsaturadas (48%) sendo indicada na prevenção de doenças cardiovasculares, controles glicêmicos e de peso. Fonte riquíssima de selênio, a castanha-do-Pará cuida da força do sistema imunológico, ou seja, na prevenção do câncer, ajuda no equilíbrio do hormônio ativo da tireóide e age como antioxidante, protegendo o organismo contra os danos provocados pelos radicais livres. Uma única castanha contém a quantidade diária de selênio necessária para um adulto (55 microgramas). A castanha-do-Pará é indispensável aos desnutridos, anêmicos, desmineralizados, com problemas mentais e tuberculosos. É um alimento que não deve faltar na alimentação das crianças, gestantes e lactantes. A excelsina, a proteína da castanha-do-Pará, é de alto valor biológico por ser reconhecida como completa, ou seja, contêm todos os aminoácidos essenciais, indispensáveis à manutenção da vida e ao crescimento. Para termos uma idéia mais exata do valor protéico da castanha-do-Pará, basta lembrarmos que um renomado nutrólogo a chamou de "carne vegetal". O índice de crescimento resultante do uso desta castanha muito se assemelha ao do leite. Graças ao seu elevado teor de fósforo e selênio, seu consumo é muito adequado aos que exercem atividades intelectuais. Por não ser de muito fácil digestão, aconselha-se mastigar muito bem a castanha-do-Pará e não exagerar na dose - 1 a 2 unidades por dia. No Brasil A castanha do Brasil, também denominada castanha-do-pará, ocorre nos Estados brasileiros do Acre, Amazonas, Pará, Roraima, e Rondônia, bem como em boa parte do Maranhão, Tocantins e do Mato Grosso. É uma espécie encontrada principalmente em solos pobres, bem estruturados e drenados, argilosos ou argilo-arenosos, sendo que sua maior ocorrência é nos solos de textura média a pesada. Não é encontrada em áreas com drenagem deficiente nem em solos excessivamente compactados, desenvolvendo-se bem em terras firmes e altas. Vegeta naturalmente em clima quente e úmido. Ocorre em áreas onde a precipitação média varia de 1400 a 2800 mm/ano, e onde existe um déficit de balanço de água por 2-5 meses. Aplicações a) “ouriços” - como combustível ou na confecção de objetos; As sementes podem ser consumidas in natura ou torradas, além de serem empregadas na fabricação de farinhas, doces e sorvetes. O óleo extraído da castanha-do-Pará também pode ser utilizado na indústria de cosméticos e na fabricação de tintas. Os principais consumidores de castanha-do-Pará são os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Itália, principalmente. Infelizmente, o mercado doméstico é um percentual muito pequeno do mercado consumidor total influenciado pela: baixa informação, pelos preços internacionais e os níveis de renda local. Na Ecologia No que se refere à produção de frutos, a castanha-do-Pará tem importância social muito grande na região amazônica, já que a quase totalidade da produção é exportada, principalmente para Estados Unidos e Europa. O consumo da castanha-do-Pará pode estar diretamente ligado com a preservação da Floresta Amazônica e a fixação na terra das famílias da região que trabalham na extração da castanha. Para se ter uma idéia, um castanheiro (pessoa que faz a extração da castanha) chega a controlar uma área com cerca de 1.000 hectares de floresta primária. Essas áreas permanecerão protegidas enquanto houver a atividade de extração da castanha-do-Pará. Entretanto, milhares de castanheiras vêm sendo derrubadas para a exploração da sua madeira, que é extremamente valiosa, para nesta área desenvolver a atividade da pecuária que é absolutamente antiecológica. A castanha-do-Pará é uma espécie com potencial silvicultural, uma excelente opção para o reflorestamento de áreas degradadas de pastagens ou de cultivos anuais, ao lado de outras espécies florestais. Hoje em dia, a exploração de exemplares nativos é proibida pelo Decreto n° 1282, de 19/10/1994 que não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento (plantios puros e sistemas consorciados). Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citada a autora e fonte. http://www.docelimao.com.br/site/linhaca/537-a-castanha-do-para.html |