SEGUNDA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2011
OS MATADOUROS DE CHICAGO : 'The Jungle'
Leopoldo Costa.
With the novel 'The Jungle' released in 1906, which engages in a witty and somewhat sensationalist(he was a journalist by profession) description of the exploitation of workers in the slaughterhousesof Chicago, Upton Sinclair (1878-1968) became one of the main writers who have treated anddenounced the social problems of the United States in the beginning of the XX century.
Com o romance 'The Jungle' lançado em 1906, que aborda de forma mordaz e um pouco sensacionalista (ele era jornalista por profissão), a exploração dos trabalhadores nos matadouros de Chicago, Upton Sinclair (1878-1968) tornou-se um dos principais escritores que trataram e denunciaram os problema sociais. Com 'The Jungle', Upton Sinclair, conseguiu, aos vinte e nove anos, um enorme êxito e a sua obra foi imediatamente traduzida para várias línguas. Denunciou a exploração dos trabalhadores e as condições de trabalho escandalosas que reinavam no mundo das indústrias de transformação da carne: se algum trabalhador caísse num dos enormes tanques de residuos de suínos, a sua carne misturava-se com a dos animais e poderia ser vendida como banha para consumo da população. Os empresários subornavam as autoridades sanitárias municipais, assim como os inspetores de alimentos, para poderem aproveitar a carne de animais doentes. Sinclair desenvolveu as suas investigações por encomenda do jornal socialista 'Appel to Reason' (Apelo à Razão). Tanto em 'The Jungle' como em seus outros romances, Sinclair revelou-se um propagandista em luta pela justiça social e por um socialismo humano.
Para ele, a mensagem era mais importante que a forma, pelo que 'The Jungle' está a meio caminho entre o panfleto e o romance naturalista. Apesar do sucesso, Sinclair mostrou-se muito decepcionado, porque seu romance 'tinha tocado o estômago dos seus concidadãos, mas não o seu coração'. Se bem que, por um lado, tenha levado a um endurecimento das leis sobre alimentos, por outro, nada se fez para remediar a exploração dos trabalhadores. Upton Sinclair originalmente queria expor "o inferno de exploração (do trabalhador de fábrica típica americana na virada do século 20)," mas o público leitor, prestou mais atenção para a segurança alimentar como a questão mais importante do romance. Sinclair observou na época, que os norte-americanos nunca estiveram preocupados como vivia os trabalhadores de seu país e sim com a possibilidade de consumir carne contaminada ou proveniente de animais doentes.
O Presidente Theodore Roosevelt (1882-1945) considerava que Sinclair era um 'insano' e escreveu a William Allen White (1868-1944)1, 'Eu tenho um profundo desprezo por ele. Ele é histérico, desequilibrado e mentiroso. Três quartos das coisas que ele escreveu são mentiras absurdas e nas restantes existe apenas uma base de verdade'. Mesmo com estas críticas o Presidente enviou para Chicago para inspecionar os frigoríficos o comissário Charles P. Neill (1865-1942) e o secretário assistente do Tesouro James Reynolds, pessoas de sua inteira confiança. A informação sobre esta providência vazou e os donos das empresas tiveram tempo de preparar as fábricas para a visita, com turmas de limpeza trabalhando 24 horas por dia. Mesmo com a maquiagem as duas autoridades ficaram impressionadas com o que puderam ver, principalmente com as condições de trabalho dos operários. Depois de relatar pessoalmente a Roosevelt, Neill compareceu ao Congresso, repetindo tudo que tinha visto e defendendo a necessidade de legislação específica para regulamentar as atividades do setor. O romance de Sinclair provocou controvérsia sobre sua veracidade, mas o relatório da inspeção ordenada pelo presidente Roosevelt confirmou as suas palavras.
O referido relatório, assinalava-se que nas fabricas se respirava uma atmosfera úmida, misturada com 'o terrível fedor da porcaria que se acumulava no chão de madeira apodrecida e ensopada em sangue, e que a carne entrava rapidamente em decomposição e estava contaminada por agentes patogênicos, capazes de provocar doenças, tanto nos seres humanos como nos animais. Muitos trabalhadores sofriam de tuberculose e escarravam diretamente no chão, onde a carne era colocada, antes de ser manipulada'. O relatório incluía pormenores repugnantes acerca das doenças dos animais cuja carne se destinava a fabricaçãeo de enlatados. Por outro lado, o relatório referia igualmente que a carne de porco destinada à exportação era escrupulosamente manipulada e submetida a exames microscópicos, e sugeria que se aplicassem os mesmos métodos quando se tratasse da carne para consumo nacional. Este relatório teve enorme repercussão, tanto nos Estados Unidos como na Europa. O consumo de carne caiu vertiginosamente nos Estados Unidos, e também na Europa os comerciantes se queixaram de uma diminuição das vendas.
O Congresso reagiu rapidamente, e em junho eram já aprovadas duas leis. A Lei de Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos Puros e Medicamentos, que estabeleceu o Bureau de Química que se tornaria a 'Food and Drug Administration' (FDA) em 1930. A lei sobre a higiene dos alimentos e condimentos estabelecia que as embalagens deveriam estar identificadas com a indicação de seu conteúdo. O diretor do Departamento de Produção Animal, orgão federal responsável pelo controle da produção de carnes, não concordou com as observações de Neill-Reynolds e enciumado pela repercussão das declarações, passou a critica-los alegando 'deturpação premeditada dos fatos'. Roosevelt pressionado pelos políticos e temeroso do clamor público, não autorizou a publicação do relatório Neill-Reynolds. Mesmo assim a pressão pública levou o Congresso a aprovar em 1906 a Lei de Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos Puros e Medicamentos. Sinclair fez críticas a legislação, pois considerava-a como um benefício injustificado que os custos da inspeção de 30 milhões de dólares por ano, fosse pago pelo governo federal e não pelos grandes frigorificos.
1) Importante editor de jornal dos Estados Unidos.
With the novel 'The Jungle' released in 1906, which engages in a witty and somewhat sensationalist(he was a journalist by profession) description of the exploitation of workers in the slaughterhousesof Chicago, Upton Sinclair (1878-1968) became one of the main writers who have treated anddenounced the social problems of the United States in the beginning of the XX century.
Com o romance 'The Jungle' lançado em 1906, que aborda de forma mordaz e um pouco sensacionalista (ele era jornalista por profissão), a exploração dos trabalhadores nos matadouros de Chicago, Upton Sinclair (1878-1968) tornou-se um dos principais escritores que trataram e denunciaram os problema sociais. Com 'The Jungle', Upton Sinclair, conseguiu, aos vinte e nove anos, um enorme êxito e a sua obra foi imediatamente traduzida para várias línguas. Denunciou a exploração dos trabalhadores e as condições de trabalho escandalosas que reinavam no mundo das indústrias de transformação da carne: se algum trabalhador caísse num dos enormes tanques de residuos de suínos, a sua carne misturava-se com a dos animais e poderia ser vendida como banha para consumo da população. Os empresários subornavam as autoridades sanitárias municipais, assim como os inspetores de alimentos, para poderem aproveitar a carne de animais doentes. Sinclair desenvolveu as suas investigações por encomenda do jornal socialista 'Appel to Reason' (Apelo à Razão). Tanto em 'The Jungle' como em seus outros romances, Sinclair revelou-se um propagandista em luta pela justiça social e por um socialismo humano.
Para ele, a mensagem era mais importante que a forma, pelo que 'The Jungle' está a meio caminho entre o panfleto e o romance naturalista. Apesar do sucesso, Sinclair mostrou-se muito decepcionado, porque seu romance 'tinha tocado o estômago dos seus concidadãos, mas não o seu coração'. Se bem que, por um lado, tenha levado a um endurecimento das leis sobre alimentos, por outro, nada se fez para remediar a exploração dos trabalhadores. Upton Sinclair originalmente queria expor "o inferno de exploração (do trabalhador de fábrica típica americana na virada do século 20)," mas o público leitor, prestou mais atenção para a segurança alimentar como a questão mais importante do romance. Sinclair observou na época, que os norte-americanos nunca estiveram preocupados como vivia os trabalhadores de seu país e sim com a possibilidade de consumir carne contaminada ou proveniente de animais doentes.
O Presidente Theodore Roosevelt (1882-1945) considerava que Sinclair era um 'insano' e escreveu a William Allen White (1868-1944)1, 'Eu tenho um profundo desprezo por ele. Ele é histérico, desequilibrado e mentiroso. Três quartos das coisas que ele escreveu são mentiras absurdas e nas restantes existe apenas uma base de verdade'. Mesmo com estas críticas o Presidente enviou para Chicago para inspecionar os frigoríficos o comissário Charles P. Neill (1865-1942) e o secretário assistente do Tesouro James Reynolds, pessoas de sua inteira confiança. A informação sobre esta providência vazou e os donos das empresas tiveram tempo de preparar as fábricas para a visita, com turmas de limpeza trabalhando 24 horas por dia. Mesmo com a maquiagem as duas autoridades ficaram impressionadas com o que puderam ver, principalmente com as condições de trabalho dos operários. Depois de relatar pessoalmente a Roosevelt, Neill compareceu ao Congresso, repetindo tudo que tinha visto e defendendo a necessidade de legislação específica para regulamentar as atividades do setor. O romance de Sinclair provocou controvérsia sobre sua veracidade, mas o relatório da inspeção ordenada pelo presidente Roosevelt confirmou as suas palavras.
O referido relatório, assinalava-se que nas fabricas se respirava uma atmosfera úmida, misturada com 'o terrível fedor da porcaria que se acumulava no chão de madeira apodrecida e ensopada em sangue, e que a carne entrava rapidamente em decomposição e estava contaminada por agentes patogênicos, capazes de provocar doenças, tanto nos seres humanos como nos animais. Muitos trabalhadores sofriam de tuberculose e escarravam diretamente no chão, onde a carne era colocada, antes de ser manipulada'. O relatório incluía pormenores repugnantes acerca das doenças dos animais cuja carne se destinava a fabricaçãeo de enlatados. Por outro lado, o relatório referia igualmente que a carne de porco destinada à exportação era escrupulosamente manipulada e submetida a exames microscópicos, e sugeria que se aplicassem os mesmos métodos quando se tratasse da carne para consumo nacional. Este relatório teve enorme repercussão, tanto nos Estados Unidos como na Europa. O consumo de carne caiu vertiginosamente nos Estados Unidos, e também na Europa os comerciantes se queixaram de uma diminuição das vendas.
O Congresso reagiu rapidamente, e em junho eram já aprovadas duas leis. A Lei de Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos Puros e Medicamentos, que estabeleceu o Bureau de Química que se tornaria a 'Food and Drug Administration' (FDA) em 1930. A lei sobre a higiene dos alimentos e condimentos estabelecia que as embalagens deveriam estar identificadas com a indicação de seu conteúdo. O diretor do Departamento de Produção Animal, orgão federal responsável pelo controle da produção de carnes, não concordou com as observações de Neill-Reynolds e enciumado pela repercussão das declarações, passou a critica-los alegando 'deturpação premeditada dos fatos'. Roosevelt pressionado pelos políticos e temeroso do clamor público, não autorizou a publicação do relatório Neill-Reynolds. Mesmo assim a pressão pública levou o Congresso a aprovar em 1906 a Lei de Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos Puros e Medicamentos. Sinclair fez críticas a legislação, pois considerava-a como um benefício injustificado que os custos da inspeção de 30 milhões de dólares por ano, fosse pago pelo governo federal e não pelos grandes frigorificos.
1) Importante editor de jornal dos Estados Unidos.
que atual!
vou blogar
grata pelo informe
nutri veg claudia lulkin
E no VIDA VEGETARIANA:
http://www.vidavegetariana.com/site/noticias.php?page=noticias/331