quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Carta das Agroflorestas e Frutas Nativas do RS 2012

http://inga.org.br/carta-seminario_agroflorestas_frutas_nativas_2012.pdf

http://www.inga.org.br/?p=3528

Carta das Agroflorestas e Frutas Nativas do Rio Grande do Sul, 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Irrigação por gotejamento




http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=20643&secao=Irriga%E7%E3o%20e%20Pulveriza%E7%E3o
A irrigação é uma técnica milenar que se confunde com o desenvolvimento e prosperidade econômica dos povos, pois muitas civilizações antigas se desenvolveram em regiões áridas onde a produção só era possível graças à irrigação. A história demonstra que a irrigação sempre foi um fator de riqueza, prosperidade e, consequentemente, de segurança.
Com o avanço das tecnologias de irrigação e a demanda cada vez maior de água pelas atividades humanas, acentuou-se a busca por métodos mais eficientes, que consumam menos recursos e forneçam melhores resultados em produtividade e qualidade. Desta forma, a irrigação por gotejamento tem ganhado espaço, principalmente nos últimos 15 anos. Abaixo, na Figura 01, observa-se a eficiência obtida com os principais métodos de irrigação usados atualmente no mundo.
 
Neste ambiente árido e dependente de um método eficiente no uso da água, foi inventado o primeiro emissor para irrigação por gotejamento no mundo pelo Eng. Simcha Blass. E, em 1965, em conjunto com o Kibbutz Hatzerim, foi fundada a Netafim Companhia de Irrigação, em Israel.
Deste então, os emissores passaram por um intenso desenvolvimento tecnológico que permitiu o avanço do gotejamento para além das fronteiras de Israel, fazendo-o ganhar espaço em todo o mundo, representando a melhor solução tecnológica para o uso eficiente de água, energia e insumos. Na Figura 02, destaca-se o primeiro gotejador e sua linha e evolução.
 
Atualmente, estima-se que o suprimento de água doce disponível seja utilizado na proporção de: 70% na agricultura, 20% na indústria e 10% nas cidades para consumo humano. Observa-se que há muito espaço a ser avançado pela irrigação por gotejamento para que as atividades humanas continuem crescendo atendendo à demanda de alimentos em quantidade e qualidade sem esgotar os recursos hídricos, o avanço tecnológico e estas necessidades têm popularizando cada vez mais a irrigação por gotejamento.

Características da Irrigação por Gotejamento
A irrigação por gotejamento é um método muito peculiar e suas principais características e benefícios estão descritos abaixo:
Aplicação da água
Na irrigação por gotejamento, a água é aplicada de forma pontual através de gotas diremente ao solo. Estas gotas, ao infiltrarem, formam um padrão de umedecimento denominado “bulbo úmido”. Estes bulbos podem ou não se encontrar com a continuidade da irrigação e formar uma faixa úmida, outro termo técnico utilizado em irrigação localizada por gotejamento (observar nas figuras 03 e 04).
 
Muitas dúvidas surgem a respeito desta característica dos sistemas de gotejamento, nas quais se questiona se é necessário um gotejador por planta. Na realidade, neste tipo de tecnologia de irrigação, o solo tem papel fundamental na distribuição da água e, portanto, suas características físicas e de estrutura irão definir se o projeto de gotejamento terá um gotejador por planta, mais do que um ou até menos do que um.
Em irrigação por pulsos, tecnologia de gotejamento em desenvolvimento no Brasil, pode-se admitir a formação de bulbos sem haver a faixa úmida. Nestes sistemas, o controle de umidade e nutrição destes bulbos dee ser mais cuidadosa e o uso de sensores de umidade do solo para manejo de irrigação é obrigatório.
Em projetos de irrigação de espécies florestais e seringueira, pode-se admitir o sistema com formação de bulbos, pois a planta tem sistema radicular muito profundo e a reposição da umidade em área reduzida será eficiente, apesar de sempre se buscar a faixa úmida como primeira opção de concepção de projeto.
Na Figura 05, destaca-se que o tipo de solo (textura e estrutura) definem vazão e espaçamento entre gotejadores quando se decide irrigar formando faixa contínua.
 

Desenvolvimento Radicular
Muito se discute sobre o desenvolvimento radicular em sistema de irrigação por gotejamento. Há dúvidas que se transformam em incertezas sobre a capacidade deste sistema de suportar as necessidades de plantas perenes grandes e vigorosas, com sistema radicular bem amplo e distribuído no solo.
De fato, uma das razões de se obter maiores produtividades em irrigação por gotejamento se deve à capacidade deste sistema em irrigar uma parte do solo onde estão as raízes da planta de forma muito precisa, constante e sem expulsar todo o ar deste solo. Assim, as raízes têm sempre água facilmente disponível, nutrientes (fertirrigação) e oxigênio pois estas respiram para realizar seus processos metabólicos e de crescimento. No local da faixa úmida/bulbo, há então um grande aumento do volume e atividade das radicelas, raízes finas cuja única função é absorver água e nutrientes. O gotejamento praticamente não afeta as raízes de sustentação, que são grossas e suberinizadas, ou seja, são impermeáveis e não absorvem água e nutrientes.
Assim, plantas cultivadas com gotejamento têm maior atividade radicular (radicelas), raízes profundas e, portanto, maior produtividade e capacidade de serem manipuladas mais facilmente, pois estas radicelas na área úmida são o alvo perfeito para tratamentos hormonais, aplicação de defensivos sistêmicos ou indução de stress hídrico (déficit hídrico). A Figura 06 destaca esta característica.
 

Alta Frequência e Baixa Intensidade
Por irrigar uma determinada fração do volume de solo